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Fundos resistem à tensão gerada pela crise na Grécia

A forte tensão vivida nas últimas semanas nos mercados financeiros, gerada pela incerteza em torno de uma solução para a crise na Grécia, afectou muitos investidores. Mas os desempenhos dos supermercados de fundos conseguiram resistir ao ambiente adverso.

05 de Maio de 2010 às 09:30
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A forte tensão vivida nas últimas semanas nos mercados financeiros, gerada pela incerteza em torno de uma solução para a crise na Grécia, afectou muitos investidores. Mas os desempenhos dos supermercados de fundos conseguiram resistir ao ambiente adverso.






Conheça o desempenho de oito carteiras de fundos


As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.


ActivoBank

Abril foi positivo para as acções


O ressurgimento, com grande intensidade, dos receios sobre o risco soberano grego e sobre o eventual efeito de contágio a outros países da Zona Euro, como Portugal e Espanha, não impediu um "mês de Abril globalmente positivo para os mercados financeiros, tendo vários dos fundos das nossas carteiras-modelo atingido novos máximos anuais", afirma Gonçalo Gomes, da direcção de "marketing" do ActivoBank.

A alimentar o optimismo dos investidores têm estado a apresentação de bons resultados por parte da generalidade das empresas (estando muitas delas a rever em alta o seu "outlook" para este ano) e a divulgação de indicadores macroeconómicos favoráveis, esclarece o responsável.

Dos fundos que constituem as carteiras sugeridas pelo supermercado de fundos, o ActivoBank destaca, pela positiva, "pelo terceiro mês consecutivo, o desempenho do fundo Skandia Technology, JPM Global Focus e F&C Global Convertible Bond" e, pela negativa, o "fundo que replica o desempenho do mercado accionista nipónico".

A carteira de fundos prudente do Activo Bank registou um desempenho de 8,5% nos últimos nove meses. Isto significa que quem tivesse seguido as sugestões da instituição financeira e aplicado 100 mil euros em Julho, quando se iniciou a actual rúbrica do Negócios, teria nesta altura acumulado 108.502 euros.

E se tivesse optado pela carteira mais agressiva, isto é, que pressupõe um nível mais elevado de exposição ao risco, teria agora o dobro do retorno da carteira prudente, de 17,35%. Isto é, se resgatasse agora a carteira inicial de 100 mil euros, teria uma mais-valia bruta de 17.355 euros.






Banco Best

Incerteza na Grécia modera ganhos


"A 'performance' das carteiras esteve este mês pressionada pela correcção dos mercados accionistas, nomeadamente na Europa, que se reflectiu numa 'performance' mais moderada da componente accionista", revela a direcção de investimentos do Banco Best. E acrescenta que "o alargamento das 'yields' das obrigações soberanas condicionou a 'performance' dos fundos obrigacionistas de menor risco".

A Grécia tem centrado, desde o início do ano, as atenções dos agentes de mercado, relegando, de certa forma, para segundo plano os dados macroeconómicos e resultados anunciados pelas empresas, dizem os especialistas.

Ainda assim, "os índices accionistas de referência mantêm, na generalidade, uma tendência positiva", explicada pela melhoria das condições macroeconómicas, tanto na Europa como nos EUA. Os mercados emergentes também mantêm a tendência positiva. O balanço das revisões ao crescimento económico também se mantém positivo, assim como as expectativas para os resultados das empresas.

Mas há riscos, alerta o Banco Best. E estão relacionados com "a evolução das contas públicas e o potencial impacto na actividade económica de políticas fiscais mais restritivas". A regulação do sector financeiro "é outro factor de incerteza que merece destaque".

Nos nove meses até Abril, a carteira prudente do Banco Best sobe 6,02%, contra os 5,34% acumulados até Março. Já o cabaz de fundos mais agressivo sugerido pelo Banco Best apresenta uma "performance" de 9,68% acumulada desde Julho de 2009. Ou seja, oferece um ganho de 9.684 euros para uma aplicação inicial de 100 mil euros.






Banco BIG

Risco na dívida pressiona carteiras


O Banco BIG manteve as carteiras de fundos inalteradas este mês. "Na sequência das crescentes preocupações com as dificuldades sentidas por alguns países europeus, a aversão ao risco poderá originar uma correcção nas valorizações de alguns activos e, por isso, consideramos que ambas as carteiras continuam enquadradas no nosso propósito: oferecer potencial de valorização com risco controlado".

Na carteira mais prudente, a aposta permanece focada sobretudo nos títulos de dívida de empresas. Mas a dívida pública europeia também é, apesar do aumento do risco das últimas semanas, uma aposta do Banco BIG. Nos últimos nove meses, a carteira prudente sugerida pelo supermercado de fundos conseguiu obter uma valorização de 6,92%, acima dos 4,51% registados até Março. Isto significa que, quem tivesse resgatado a carteira no final de Março teria obtido uma mais-valia de 4.510 euros. Mas, se tivesse esperado pelo final de Abril, teria conseguido um ganho bruto de 6.918 euros. Isto, para uma aposta inicial, em Julho de 2009, de 100 mil euros.

A tensão que se viveu na semana passada nos mercados financeiros teve, contudo, reflexos no desempenho da carteira do BIG. Até ao início da semana passada, o desempenho do cabaz de fundos prudente era de 7,16%.

Na carteira de fundos mais exposta ao risco, o retorno acumulado nos últimos nove meses atingiu 11,26%, acima dos 10,49% registados no mês anterior. Logo, quem seguisse as propostas sugeridas pelo Banco BIG teria acumulado um ganho de 11.260 euros, tal como no caso anterior, para um investimento inicial de 100 mil euros.






Deutsche Bank

Esperar para ver dá frutos


O Deutsche Bank mantém as duas carteiras de fundos sugeridas aos leitores do Negócios inalteradas há dois meses. E a estratégia de gestão passiva parece estar a dar resultados num ambiente mais adverso, sobretudo na "eurolândia", devido à crise da dívida grega.
Os especialistasdoDeutscheBank mantêm o optimismo para os mercados accionistas, apesar das duras medidas de contenção orçamental que terão que ser tomadas por países com maiores desequilíbrios das suas contas públicas, como é o caso da Grécia.

Ainda assim, o Deutsche Bank está optimista quanto às perspectivas económicas para os Estados Unidos e para os países emergentes, o que ditará a continuação da recuperação económica a nível global. Além disso, os resultados das empresas continuam, de um modo global, a estar acima do estimado pelos analistas, o que oferece estimativas animadoras.
A carteira mais prudente sugerida pelo Deutsche Bank acumula um ganho de 7,43%, sendo apenas superada pelo cabaz - para o mesmo perfil de investidor mais conservador- oferecido pelo Activo Bank.

Mas, na carteira destinada a investidores mais arrojados, menos avessos ao risco, o Deutsche Bank consegue bater os restantes supermercados de fundos. Nos nove meses até Abril, acumula uma valorização superior a 20,7%.

Ou seja, para uma aposta inicial de 100 mil euros, um investidor que tivesse seguido a carteira mais agressiva do Deutsche Bank teria agora uma soma de 120.754 euros. Isto é, o ganho bruto obtido em nove meses, caso a carteira tivesse sido resgatada no final de Abril, ascenderia a 20.754 euros.





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