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Fundos de acções reinam nos ganhos das recomendações

Muitos fundos de obrigações sugeridos pelos supermercados de fundos esperam por melhores dias, mas os produtos accionistas apregoam mais-valias. Alguns, ganharam mais de 7% em menos de um mês, aproveitando a valorização do dólar.

30 de Novembro de 2010 às 10:24
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Conheça oito carteiras de fundos





As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.





ActivoBank
Tecnologia ao rubro

Na carteira prudente recomendado pelo ActivoBank, o fundo JPMorgan Global Focus foi o que mais valorizou no último mês. Este produto da sociedade gestora do banco JPMorgan investe "agressivamente num portefólio global de grandes, médias e pequenas firmas que o gestor de investimentos acredita que estão em situações de recuperação de resultados". Para isso, as maiores apostas do responsável pelo fundo, o neerlandês Jeroen Huysinga, são as acções da empresa química Rhodia, da espanhola Telefónica, da canadiana InterOil (que explora petróleo na Papua Nova Guiné) e da tabaqueira inglesa British American Tobacco. Desde que foi lançado, em Maio de 2003, o JPMorgan Global Focus valorizou 9,19 por cento por ano.

Na recomendação do ActivoBank dirigida aos investidores mais ousados, o Skandia Technology brilhou. Na sua divisa original, o dólar norte-americano, o fundo ganhou cerca de 3,5 por cento no último mês. O gestor Barney Wilson da sociedade gestora Janus Capital, a firma contratada pela Skandia para conduzir o destino do fundo, elegeu as acções da Cisco Systems, da fabricante de semicondutores Atmel e da Tyco Electronics para liderarem a carteira. Ao ganho de 3,5 por cento que os investidores do Skandia Tecnology obtiveram no último mês, junta-se ainda a forte subida do dólar face ao euro, o que elevou a valorização do fundo para mais de 7,5 por cento.





Banco Best
Acertar a exposição às acções

Depois da escalada das acções, a Direcção de Investimentos do Banco Best optou por aligeirar a exposição da carteira prudente. "A carteira prudente passou a estar alocada em 57,5 por cento em obrigações por detrimento de acções, que agora tem uma alocação de 12,5 por cento", explicam os responsáveis do banco. A novidade deste portefólio é o GLG European Alpha Alternative, um "fundo de gestão alternativa de risco baixo". Os gestores Philippe Isvy e Pierre Valade assumem posições longas e curtas nos mercados europeus de acções e de derivados. No início de Novembro, os maiores investimentos estavam aplicados nas bolsas parisiense e londrina.

No portefólio agressivo, o Banco Best decidiu fazer o oposto do que operou na carteira prudente: aumentou a exposição aos mercados accionistas. Assim, o maior movimento da Direcção de Investimentos do banco foi o incremento da proporção do portefólio no fundo DWS Brazil. Este produto, que passa a representar 15 por cento da estratégia, investe exclusivamente no mercado de acções brasileiras. Florian Tanzer, o gestor responsável da DWS Investments, selecciona acções de pequenas, médias e grandes empresas brasileiras que tenham "uma forte posição de mercado e boas perspectivas de crescimento". Os títulos do Banco Bradesco, da Vale, da Petrobras e do Itaú Unibanco eram os principais activos do início do mês de Novembro.




Banco BIG
Obrigações convertíveis da Galp contribuem para avanço

Embora o JPMorgan Global Convertibles, um fundo de obrigações convertíveis de todo o mundo, tenha sido o que mais valorizou nas duas carteiras sugerida pelo Banco Big, foi o Amundi Global Aggregate que mais contribuiu para a ligeira subida da estratégia conservadora no último mês. O gestor da Amundi, Hervé Hanoune, pretende alcançar um bom desempenho investindo nos mercados obrigacionistas de todo o mundo e aproveitando também os movimentos cambiais e dos mercados de crédito. Assim, além de investir em títulos de dívida de "rating" superior, Hanoune estabelece "posições estratégias, tácticas e arbitragistas de modo a chegar a mais fontes de desempenho".

Como o portefólio agressivo construído pelo Banco Big está menos exposto às acções do que as carteiras dos outros três supermercados de fundos, o produto que mais valorizou foi o JPMorgan Global Convertibles (USD). Os três gestores deste fundo (Neill Nuttall, Antony Vallee e Natalia Bucci) investem em títulos que poderão ser convertidos em acções a prazo. A segunda maior aposta da tripla de especialistas, logo após os títulos do banco KfW que podem ser convertidos em acções do Deutsche Post, são as obrigações da Parpública que poderão ser transformadas em acções da Galp Energia a partir de Março de 2013. Recorde-se que, no final de Setembro, o Governo português decidiu realizar mais uma fase de privatização do grupo energético nacional através de uma emissão de 900 milhões de euros de obrigações.




Deutsche Bank
Carteira agressiva de regresso aos 20 por cento

Depois de um semestre longe dos ganhos acumulados superiores a 20 por cento, a carteira agressiva desenhada pelo Deutsche Bank, que está concentrada em apenas quatro fundos, volta a ultrapassar essa fasquia. Assim, o desempenho anualizado da estratégia ultrapassa agora os 15 por cento. A aposta no Parvest Equity USA, que absorve 41 por cento do portefólio sugerido pela sucursal do banco alemão, foi claramente a vencedora neste último mês. O fundo de acções norte-americanas gerido por Hubert Goyé, da BNP Paribas Investment Partners, rendeu cerca de seis por cento nas últimas quatro semanas. No início de Outubro, os 52 títulos que perfaziam a carteira do fundo eram liderados pela fabricante de semicondutores Cree, a retalhista automóvel AutoZone e a seguradora Ace. O sector das tecnologias da informação é o preferido de Goyé.

Na carteira prudente do Deutsche Bank também foi o fundo mais importante que mais valorizou ao longo do último mês. O BlackRock Global Dynamic subiu cerca de 3,5 por cento. Dennis Stattman, o responsável por este produto, procura acções em todo o mundo que se encontrem, na sua opinião, subavaliadas pelo mercado. Porém, o seu maior investimento neste momento é no SPDR Gold Trust, um fundo cotado que investe em barras de ouro. Após esse instrumento, os maiores activos do BlackRock Global Dynamic são principalmente acções norte-americanas, como a Exxon, a Apple e a Microsoft.



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