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Crie o seu fundo em cinco passos

"Acumular um valor equivalente a um a seis meses de despesas fixas pode demorar algum tempo, mas o esforço pode ser menor do que parece, se houver disciplina", diz Gonçalo Gomes...

08 de Janeiro de 2010 às 09:33
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"Acumular um valor equivalente a um a seis meses de despesas fixas pode demorar algum tempo, mas o esforço pode ser menor do que parece, se houver disciplina", diz Gonçalo Gomes

1. Automatize a poupança
Para Susana Albuquerque, da ASFAC, a melhor formar de criar uma "almofada financeira" é solicitar ao banco que retire automaticamente, para outra conta, uma quantia mensal certa, assim que entra o seu vencimento. Esta poupança deve ser considerada como uma conta que se tem de pagar. "A época em que estamos é excelente para criar um fundo de emergência. Aproveitar o subsídio de Natal ou parte dele poderá ser fundamental e fazer a diferença em ocasiões mais complicadas."

2. Evite gastos supérfluos
Se adoptar como regra colocar de parte uma percentagem do rendimento líquido mensal e evitar gastos supérfluos já ajuda a criar o fundo de emergência. No entanto, é importante que não mexa no valor que põe de parte, a não ser que esteja numa situação de emergência. Deve tentar ir aumentando o seu fundo para um período mais longo.

3. Aproveite as descidas da Euribor
As famílias com crédito à habitação viram as suas prestações mensais reduzirem-se de forma significativa durante o ano. A descida da taxa Euribor em cerca de 3% face aos máximos atingidos em Outubro de 2008, permitiu uma redução de cerca de 200 euros por mês, para um crédito de 110 mil euros, a 30 anos, com um "spread" de 0,8%, segundo as contas do Activo Bank 7. "Parte desse valor poderá ser canalizado para um fundo de emergência", diz Gonçalo Gomes.

4. Recheie o fundo "grão a grão"
A maioria das famílias portuguesas tem três momentos de rendimento extra ao longo do ano: o subsídio de férias, o de Natal e o reembolso do IRS. Parte destes valores podem ser canalizados para o fundo de emergência. Também devem passar pelas suas mãos várias notas de cinco euros. Segundo Gonçalo Gomes, do Activo Bank 7, se as guardar num sítio seguro, tal decisão não afectará de forma decisiva o seu poder de compra, mas, ao fim de algum tempo, pode representar um valor "simpático".

5. Seleccione a melhor solução financeira
Separe o fundo de emergência da conta à ordem que habitualmente utiliza e das poupanças de longo prazo. Aposte em produtos de elevada liquidez, de fácil e rápida transformação em dinheiro e não dependa da evolução dos activos financeiros com elevada volatilidade, para não obrigar à realização de menos-valias em conjunturas desfavoráveis. As soluções mais adequadas para um fundo de emergência seriam os depósitos a prazo, que, regra geral, têm liquidez no próprio dia e garantia de capital, e os fundos de tesouraria, que podem ser mobilizados em menos de uma semana, não são penalizados por liquidação antecipada, mas não têm garantia de capital.





Aprenda a fazer um orçamento familiar


"O orçamento familiar é um plano, um mapa, onde se inscrevem os rendimentos e as despesas previstas para um determinado período", explica Natália Nunes, da Deco. "É a melhor forma que as famílias têm para gerir o seu dinheiro", acrescenta. Sandra Lopes, do GOEC, refere que, com este documento, prevê as despesas futuras, com base nas "entradas e saídas" do passado. A diferença entre os rendimentos e os gastos é o saldo, que deve ser sempre positivo.



Aponte todas as despesas
Apesar de parecer aborrecido, é a forma ideal para descobrir se está a gastar dinheiro desnecessariamente.

Classifique-as por categorias
Tome nota das despesas fixas mensais (habitação, electricidade, gás, comunicações, transportes, seguros, entre outros), correntes (alimentação, saúde, ensino ou formação, tempos livres, entre outros.), ocasionais (vestuário, equipamentos, móveis, reparações, entre outras) e tudo o resto onde gasta dinheiro, como lazer, férias ou hobbies.

Não esqueça o "dinheiro de bolso"
É difícil de orçamentar, mas, regra geral, serve para comprar o jornal, tomar o café, pequeno almoço e outras despesas de valor relativamente baixo.

Divida as despesas anuais

Não deve subestimar as despesas periódicas de valor variável e anuais. Para evitar surpresas desagradáveis no mês em que terá de pagar o seguro do carro, por exemplo, o melhor é dividir o prémio por doze.

Guarde todos os recibos
Guarde todos os talões e recibos do que compra e anote num bloco os gastos que não têm talão.

Por que deve planear as despesas?

Controla os gastos

Pode controlar as suas despesas e decidir onde quer gastar.

Organiza as despesas
Permite dividir os recursos por categorias de despesas e poupanças.

Toda a família participa
Toda a família pode participar na sua elaboração e discutir prioridades.

Conhece a sua situação
Tem conhecimento com rigor do estado das suas finanças.
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