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As aplicações já tomaram conta do seu "smartphone"?

A moda foi lançada pela Apple. E pegou. As lojas de aplicações podem ainda não ser um factor determinante na escolha do telemóvel e do respectivo sistema operativo - embora alguns estudos já defendam o contrário -, mas prometem sê-lo num futuro muito...

10 de Março de 2010 às 09:30
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As lojas de aplicações tendem a ganhar relevo na escolha de um telemóvel, pela possibilidade de alargar as funcionalidades com ferramentas de trabalho ou de lazer. Conheça as alternativas que fazem as diferenças e a oferta nacional.

A moda foi lançada pela Apple. E pegou. As lojas de aplicações podem ainda não ser um factor determinante na escolha do telemóvel e do respectivo sistema operativo - embora alguns estudos já defendam o contrário -, mas prometem sê-lo num futuro muito próximo.

Em 2009, o segmento dos "smartphones" (telefones inteligentes), destinatários privilegiados das aplicações que povoam as diferentes lojas virtuais de aplicações, já representou 15% do mercado, com vendas 12,7% acima das registadas no ano anterior e a crescerem 39% entre o terceiro e o quarto trimestre.

Principais explicações: a aposta dos fabricantes em modelos com estas características aumentou de forma significativa, as funcionalidades - antes mais dirigidas ao mercado profissional - piscam cada vez mais o olho ao consumidor comum e os preços dos equipamentos diminuíram drasticamente.

Se, há dois anos, um "smartphone" tocava a fasquia dos 500 euros, hoje pode ser comprado por valores a partir de 50 euros através da rede dos operadores móveis, em troca de fidelização e subscrição de planos de dados.

O sucesso do "hardware" foi acompanhado - e em alguns casos até precedido - pela diversificação das ofertas de "software". O Windows Mobile, o Blackberry SO ou o Symbian, sistemas operativos que alimentam a grande maioria dos telefones inteligentes existentes no mercado, ganharam concorrentes que podem ter chegado mais tarde a jogo, mas que tiveram mais "olho" para a nova forma de relacionamento de cada utilizador está hoje disposto a explorar com o seu equipamento móvel.

O Android, da Google, e o iPhone, da Apple, passaram de "challengers" a modelos a seguir porque perceberam que a personalização e participação que dominam, cada vez mais, a experiência "web" no computador pessoal só podia acontecer a seguir nos telemóveis. Associaram, por isso, dois ingredientes de sucesso aos seus sistemas operativos: lojas com uma diversidade de aplicações que fazem de qualquer "smartphone" comprado na loja, simples ponto de partida para uma experiência que pode ser enriquecida com jogos (que dominam a oferta da maior parte das lojas "on-line"), utilidades, informação noticiosa ou livros digitais.

Tudo isto adaptado ao tamanho do ecrã, às características do sistema operativo e disponível à distância de uma ligação "on-line" que deve ser assegurada por um plano mensal de dados, para aumentar a previsibilidade dos custos quando o objectivo é fazer uma utilização regular do serviço.

Nestas e nas restantes lojas associadas a sistemas operativos móveis - as que já se delineavam e as que se viram obrigadas a fazê-lo para não perder o momento. Bem como nas lojas que, entretanto, foram criadas pelas principais fabricantes de equipamentos como a Nokia, a Sony Ericsson, a LG ou a Samsung, a oferta reparte-se entre aplicações pagas e gratuitas. São ali colocadas por empresas e programadores individuais, que repartem receitas com as "donas" do espaço.

A consulta da oferta é feita "on-line", mas uma vez comprada ou descarregada a aplicação que se pretende, esta fica residente no equipamento e pode ser usada tantas vezes quantas o utilizador entender. A usabilidade é uma preocupação comum à generalidade das plataformas, que partilham o esforço de manter os respectivos serviços fáceis de utilizar.

Passe connosco pelas lojas associadas aos sistemas operativos móveis e conheça a oferta actual e os planos para o futuro. Quando comprar o próximo telemóvel, vale a pena conhecer o mundo de funcionalidades que não vem com o "hardware" mas que pode "kitar" qualquer equipamento e transformá-lo numa ferramenta bem mais abrangente.






Cinco lojas para escolher

A escolha está limitada pelo terminal e sistema operativo seleccionado, mas depois abre-se um mundo de aplicações de entretenimento e produtividade, de jogos a gestores de agenda e ferramentas para acompanhar a evolução das acções em bolsa.


1. App Store, da Apple

Há várias formas de chegar ao que se procura entre as cerca de 100 mil aplicações disponíveis na App Store. É de todas as lojas de aplicações a que oferece maior variedade de formas de complementar a ofertas básica de funcionalidades do iPhone ou do iPhone Touch, os equipamentos a que oferece suporte e também uma das que mais apurou as formas de encontrar o que se procura. É rica em sugestões de utilidades e entretenimento, com lugar de destaque para os jogos, mas na verdade há lugar para tudo. Isso prova o Nude It, a aplicação que permite despir pessoas.

Ou o iMunchies, que transforma o equipamento numa máquina de fazer guloseimas, onde se incluem pipocas. Em 18 meses a loja que alimenta de aplicações o iPhone somou 3 mil milhões de "downloads" e por tudo isso revela-se, pelo menos para já uma das mais interessantes para os programadores.

Categorias Estão disponíveis 20. Entre elas educação, negócios, utilidades, finanças, livros, viagens, música, produtividade, entre outras. A pesquisa pode ser feita por popularidade, novidade, mais comentadas, mais votadas ou simplesmente por categorias.

Aplicações mais populares
Nas aplicações gratuitas da loja portuguesa da Apple, o "top 3" de popularidade é dominado por jogos. Na oferta paga lidera a Rádio Portugal, uma aplicação que "arruma" as rádios portuguesas no iPhone e que custa 1,59 euros. Com o mesmo preço surge a segunda aplicação paga mais popular, a Qik Vídeo Câmera - para edição e partilha de vídeo.

Onde está
iPhone e iPod são os destinatários exclusivos desta loja.






2. Blackberry App World

Embora a RIM posicione tradicionalmente os seus equipamentos para o mercado profissional a loja de aplicações da marca reflecte uma pluralidade que coincide com um esforço para chegar a novos públicos. Entre as mais de cinco mil aplicações que podem contar-se nas várias categorias, há uma clara vantagem dos jogos, com maior variedade de opções.

As animações de ecrã são outra área com uma oferta bem diversificada de propostas. Aplicações profissionais estão disponíveis pouco mais de 200.

Aplicações mais populares "Whats App Messenger" está entre as mais populares do top pagas (2,20 euros). Permite trocar mensagens instantâneas entre utilizadores Blackberry e do iPhone. Uma aplicação para optimizar a memória do "smartphone" (Memory Booster) ou o Tetris também integram a lista. Nas borlas o BlackBerry Messenger e a Pandora - que permite criar uma rádio "on-line" personalizável - brilham.

Categorias:
São 20 as categorias pelas quais se distribui a oferta pesquisável a partir de várias critérios. Novidade, preços, mais revistas ou mais descarregadas são exemplos que se juntam a uma funcionalidade de pesquisa mais apurada.

Onde está: só nos equipamentos da RIM (Blackberry) com a versão 4.2 ou superiores do sistema operativo.






3. Android Market

O sistema operativo aberto, mas com a Google na liderança do desenvolvimento, tem agitado o mercado e está em cada vez mais telemóveis. Só a LG já assegurou que nas duas dezenas de telemóveis que pretende lançar este ano, metade vão usar Android. A plataforma nasceu suportada numa loja de aplicações que tem acompanhado o ritmo de crescimento da variedade de dispositivos. O facto de mais de metade das quase 26 mil aplicações e dos cerca de cinco mil jogos disponíveis actualmente no Android Market serem gratuitas é uma vantagem.

Mais descarregadas: Nas aplicações pagas o jogo "Abduction! World Attack" (1,5 euros) é das mais populares. "MyBackUp Pro" (3,60 euros), para cópias de segurança da informação guardada no equipamento, ou o "Tangram Pro" com "puzzles" também. Entre as aplicações gratuitas lideram preferências o "Bonsai Blast", a "Solitária" ou "Daily Horoscope", para acompanhar o horóscopo.

Categorias As aplicações disponíveis estão agrupadas em 18 categorias. Produtividade, actualidade, finanças, viagens ou ferramentas são algumas das áreas. O sistema de pesquisa é idêntico ao da maioria das lojas.

Onde está Vários fabricantes usam o sistema operativo da Google, incluindo a própria no Nexus, que ainda não chegou a Portugal. LG, Sony Ericsson, HTC, entre outras.






4. Windows Phone marketplace

Lançada no último trimestre do ano passado, a loja oficial de aplicações para "smartphones" com a versão móvel do sistema operativo da Microsoft foi uma das últimas a chegar ao mercado. A empresa avançou um número de 20 mil aplicações certificadas para Windows, até aqui dispersas pelos vários "mercados 'on-line'" de terceiros. Aos poucos irão transitar para a plataforma mas por agora a "oferta oficial" é tímida e ronda a meia centena.

Aplicações mais populares Euromilhões Mobile, MyPhone e Windows Live móvel estão entre as apps gratuitas mais populares na loja portuguesa. Nas pagas que mais têm chamado a atenção dominam jogos como o Guitar Hero 5, ou Ferrari Gt, com preços à volta dos quatro euros.

Categorias A loja está disponível em duas versões: profissional e "standard". Na primeira, existem nove categorias e, na segunda, seis. Em ambas são destacadas as novidades e as aplicações mais populares como formas de facilitar a apresentação.

Onde está Várias fabricantes comercializam equipamentos com Windows Phone (versão 6 ou superiores), a partir dos quais é possível aceder à loja: HTC, Samsung, Sony Ericsson ou TMN (Bluebelt) são exemplos.





5. Symbian Horizon

A plataforma Symbian é a mais usada em todo o mundo, mas porque a sua utilização se reparte pelos equipamentos de vários fabricantes com diferentes especificações convergir para uma loja de aplicações global tem sido tarefa difícil e só concretizada no ano passado, mesmo assim.

A Symbian Horizon, que arrancou com cerca de 50 aplicações e este ano conta adicionar mais mil, funciona em moldes diferentes das concorrentes. É um directório onde os utilizadores de sistemas compatíveis podem pesquisar aplicações e perceber em que lojas estão disponíveis, já que integra com as lojas próprias de vários fabricantes.

Categorias Ferramentas de negócio/produtividade, comunicações, entretenimento, jogos, localização e utilidades são os seis grupos de aplicações disponíveis, que podem ser pesquisadas segundo um critério de popularidade ou novidade, para aplicações pagas, gratuitas ou de teste.

Aplicações mais populares No universo de propostas gratuitas o Mobbler, que permite levar o serviço de rádio last.fm para o telemóvel e dar-lhe uma gestão facilitada ou o Race Chrono, um cronómetro baseado em GPS destacam-se. Nas pagas dominam os jogos.

Onde está Sete lojas suportam o leque de aplicações certificadas para Symbian disponíveis no Horizon. Com interessa para quem está em Portugal: Ovi Store da Nokia, Samsung Applications Store e PlayNow da Sony Ericsson.


Três aplicações de sucesso (e uma novidade)

MyPhone
É um produto da Microsoft, mas resulta da compra da portuguesa Mobicomp e da integração do "software" que esta desenvolvia. O MyPhone tem "download" gratuito e permite sincronizar a informação guardada no telemóvel para um "website" protegido com palavra-passe, que assegura acesso remoto aos dados móveis e a cópia de segurança da informação.

Wizi SMS Location
A Wizi, da TimeBI, não é uma novidade nos sistemas móveis, mas tem ganho funcionalidades e estendido presença. Para Android, BlackBerry, iPhone e Windows Mobile (e respectivas lojas "on-line"), a mais recente versão permite referenciar uma rede de contactos - a partir da lista de contactos - no mapa e enviar a localização num SMS. A mensagem transporta um endereço com as referências para chegar até ao emissor. É gratuito.

Ndrive

O "software" de navegação da Ndrive está disponível nas diversas lojas de aplicações referidas. Permite importar para o telemóvel o "software" de navegação desenvolvido pela empresa do Porto e respectivos guias de informação complementar. Custa cerca de 40 euros e já esteve de pedra e cal no "top" das aplicações mais descarregadas na App Store da Apple em mais de duas dezenas de países. Pode ser experimentado sem custos, antes de comprar em algumas lojas.

Dicionário Priberam
Chegou no dia 1 de Março à loja de aplicações da Apple o dicionário da Priberam e as suas 96 mil entradas lexicais. A aplicação tem "download" gratuito.



Lojas de aplicações em português

As três operadoras de rede móvel em Portugal também mantêm lojas de aplicações. A Optimus foi a primeira a avançar com a oferta, ainda em 2008, e reúne hoje cerca de 50 mil aplicações, as que disponibiliza o parceiro escolhido pela empresa para assegurar a oferta, a Get Jar, uma loja de aplicações multiplataforma. TMN e Vodafone também já asseguram uma oferta deste género mas seguiram uma estratégia diferente e onde tem mais espaço o desenvolvimento de ofertas específicas para equipamentos e rede próprias. Partiram ambas de concursos de aplicações no ano passado. A Vodafone revela que entretanto já acumula um total de 7 mil aplicações disponíveis, onde se incluem mais de 100 livros electrónicos. A loja foi integrada com o serviço 360, embora também possa ser descarregada para modelos que não suportem o serviço. A TMN garante que a sua loja "inclui centenas de aplicações" e que nesta há uma forte componente de produção nacional, com um leque variado de aplicações desenvolvidas pela TMN e pelo Sapo.




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