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Apostar ou não apostar na alta definição eis a questão

As ofertas das principais marcas centram-se na televisão de alta definição. Mas ainda não há muitas formas de tirar partido de toda a qualidade oferecida pelos LCD e os “Plasma Full HD”.

10 de Março de 2008 às 08:00
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Os números não mentem: vendem-se cada vez mais televisores de alta definição em Portugal, onde a etiqueta “Full HD” começa a assumir maior peso. A empresa de estudos de mercado GfK indica que, em 2007, a venda de televisores de alta definição em Portugal teve um crescimento acima de 100% e, embora não divulgue os números exactos, aponta para a venda de mais de 720 referências de televisores diferentes em “HD-ready” ou “Full-HD”, o dobro do ano anterior.

A redução de preços e a maior oferta de modelos pode estar a impulsionar o mercado de televisores de alta definição, com ecrãs planos – Plasma ou LCD – e dimensões cada vez mais generosas. Mas a procura surge, também, por uma apetência generalizada do público português pelas tecnologias de ponta, onde o HD figura entre as mais apetecidas.

Crescimento rápido

João Paulo Ferreira, director de vendas da divisão de Electrónica de Consumo da LG Electronics, admite que, nos televisores com tecnologia LCD, mais de 70 por cento do parque instalado já é de alta definição, embora só cerca de 15% tenha capacidade “Full HD”. Já nos ecrãs de plasma, o “Full HD” não passa ainda de 1%, com tendência para crescimento rápido, enquanto o HD é dominante, com 95% do mercado instalado. A LG Electronics já tem toda a sua gama em HD desde meados de 2007 e muitos dos grandes fabricantes deixaram já de produzir televisores “standard”, sem alta definição.

Existe, porém, um contra-senso nesta adesão, já que a maioria das imagens exibidas nestas televisões não tiram ainda partido da tecnologia de alta definição. Os canais de televisão nacionais e de cabo não são ainda emitidos em HD e os leitores de DVD de mesa também não usam alta definição.

Só com a nova geração de leitores de DVD, em formato “Blu-ray” ou HD DVD - o formato promovido pela Toshiba da qual a empresa acaba de desistir – se consegue a definição necessária para atingir as 1080 linhas na imagem (o que corresponde à resolução de 1920 por 1080 pixeis), cumprindo os requisitos para o “Full HD”.

Existem, também, equipamentos no mercado com a marca “HD Ready”, o que significa que possuem as características necessárias para exibir imagens de alta definição desde que estejam ligados a um equipamento capaz de descodificar as imagens neste formato e de as transmitir para o ecrã, mas a qualidade não é a mesma. Para ser mais fácil de visualizar a importância da resolução de alta definição, basta pensar que o ecrã é composto de pontos de cor: quanto maior o número de pontos que consegue visualizar maior o detalhe e qualidade da imagem.

HD para ver já

A oferta de leitores de mesa de alta definição começa a ser cada vez mais significativa e, com a recente desistência da Toshiba do HD DVD, o mercado recebe um sinal positivo, deixando os utilizadores de se preocuparem em comprar uma tecnologia que fique desactualizada, como admite Paulo Machado, “trade marketing manager” da área de “consumer lifestyle” da Philips, que aponta, ainda, a maior aposta num futuro próximo de lançamento de “software” (leia-se filmes) pelas principais editoras.

Quem ainda não comprou um leitor de DVD de nova geração (“Blu-ray” ou HD DVD) pode, também, tirar partido da alta definição na TV através de algumas emissões de canais de satélite, já com HD, ou com as novas consolas de jogos, como a PS3 ou a Xbox 360. Também a PT já emite um canal de alta definição na sua IPTV (Televisão por Internet), o “meo”, mas este só está disponível para os clientes cuja linha tenha qualidade para suportar esta emissão. Este canal, o HD1, transmite essencialmente conteúdos de desporto e cultura e já esteve também na grelha da Cabovisão, que entretanto o substituiu na sua lista de programação.

Outros “players” se seguirão neste investimento. A alta definição na televisão e nos leitores de sala faz parte de um futuro cada vez mais próximo e as intenções dos operadores de conteúdos de avançar neste formato, assim como o espaço previsto para a Televisão Digital Terrestre e o crescimento do número de filmes em HD, justificam a aposta em televisores com garantia de maior qualidade de imagem, sobretudo para quem está a comprar um novo equipamento e não quer ficar rapidamente com um “mono” no móvel da sala.

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