Esta segunda-feira vai começar a perceber-se o alcance da crise da Evergrande na China, com a divulgação dos números do PIB no terceiro trimestre do ano. Os economistas consultados pela Bloomberg antecipam um abrandamento da economia de 7,9%, no segundo trimestre, para 5%, nos três meses concluídos em setembro.

As minutas relativas à última reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos mostram que o banco central poderá dar início à retirada de estímulos em meados de novembro ou meados de dezembro, terminando a meio de 2022. Os investidores aguardam, por isso, novas indicações da parte da entidade. Esta segunda-feira, poderão ter novas pistas sobre o "timing" do tapering nos discursos dos membros da Fed Esther George e Neel Kashkari, num fórum sobre banca. Já Jon Cunliffe, do Banco de Inglaterra, participa numa conferência organizada pelo Banco de Espanha.

Nos Estados Unidos são divulgadas as novas construções de casas no país, em setembro, mostrando se o setor imobiliário americano está a ser afetado pela crise que está a causar falhas no abastecimento de materiais. Ainda esta semana serão conhecidas as vendas de casas.

A semana traz também novidades no palco tecnológico. A Google promove um evento para apresentar o seu novo smartphone, o Pixel 6. Um dia antes, a rival Apple apresenta o novo formato dos seus MacBook Pro, cinco anos depois do seu lançamento.

O gabinete de estatísticas europeu Eurostat reporta a taxa de inflação na Zona Euro, em setembro. Em agosto, o índice de preços no consumidor subiu para 3%, máximos de quase uma década. Ainda em relação a dados económicos, em Portugal, o INE divulga a Síntese Económica de Conjuntura e as Taxas de Juro Implícitas no Crédito à Habitação, em setembro.

A apresentação das contas do terceiro trimestre vai continuar a marcar passo na negociação das bolsas. Companhias como a Volvo, American Airlines ou a AT&T apresentam os seus resultados.

Os líderes europeus reúnem-se em Bruxelas para discutir a crise energética, num momento em que os preços recorde da energia ameaçam muitas empresas. Na agenda está ainda a pandemia, a transformação digital, migração e relações externas.

Menos de duas semanas após ter entregue a proposta de Orçamento do Estado para 2022, o ministro das Finanças apresenta o documento aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças (COF), numa altura em que ainda não tem aprovação garantida. João Leão já afastou a hipótese de rever a meta do défice para acomodar as medidas que os partidos pedem.