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Metade dos fundos nacionais com retorno negativo em Março

O mês passado foi negativo para as bolsas mundiais e os fundos geridos em Portugal sentiram essa pressão. Dos 284 fundos mobiliários e imobiliários considerados nas listas da Bloomberg, 155 tiveram prestação positiva, 128 perderam valor e um ficou inalter

05 de Abril de 2007 às 12:16
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O mês passado foi negativo para as bolsas mundiais e os fundos geridos em Portugal sentiram essa pressão. Dos 284 fundos mobiliários e imobiliários considerados nas listas da Bloomberg, 155 tiveram prestação positiva, 128 perderam valor e um ficou inalterado. Os fundos que desvalorizaram equivalem a 45% do total.

Como a queda dos mercados se fez sentir essencialmente nas bolsas, foram os fundos de acções os mais penalizados no mês passado. As categorias mais afectadas foram a dos fundos de acções internacionais, de países emergentes e dos EUA. Millennium Acções Japão e Caixagest Acções Japão caíram 5,87% e 5,25%, respectivamente. Com a terceira pior prestação em Março esteve o Caixagest Acções EUA, que recuou 3,64%. A categoria de fundos de acções nacionais também foi penalizada, apesar de cinco dos 17 fundos que gerem exclusivamente acções portuguesas terem conseguido aumentar o seu retorno.

Os gestores de fundos de acções nacionais do BPI e do Santander foram os que conseguiram os melhores resultados em Março, aumentando o retorno dos seus produtos em mais de 1%, num mês em que a bolsa caiu 0,3%.

O fundo que registou a melhor prestação em Março foi o BPI Brasil, com um retorno de 5,45%. Este fundo aposta em activos do país da América do Sul, principalmente acções.

Os fundos mais conservadores foram, no entanto, os que registaram as melhores prestações no mês passado. A forte tendência de venda sentida nos mercados accionistas, fruto de um receio de "crash" das bolsas chinesas e de recessão nos EUA reverteu a favor do investimento em títulos de dívida pública e de empresas. A possibilidade de descida das taxas de juro de referência nos EUA tornou as obrigações norte-americanas e europeias mais atractivas para os investidores.

Melhores fundos triplicam PSI-20

A tendência no trimestre foi, no entanto, bem mais positiva. Dos 270 fundos dos quais a Bloomberg apresenta dados para o primeiro trimestre, 236 tiveram prestação positiva. Entre os 34 que fizeram os investidores perder dinheiro, encontram-se os fundos de acções de economias emergentes asiáticas e dos EUA, que têm sido bastante penalizados devido às incertezas que rodeiam esses mercados e as economias desses país.

A liderar os ganhos em 2007 continuam os fundos que gerem acções portuguesas. Além do fundo especial de investimento imobiliário gerido pelo Banif, que já "ofereceu" 29% em 2007, oito dos nove produtos com maior rendibilidade no trimestre pertencem à classe de activos de acções portuguesas. Quando o índice de referência nacional deu 4,07% no trimestre, todos estes oito fundos oferecem o dobro (ver tabela). Entre os 20 fundos mais rentáveis do trimestre em Portugal estão quase todos os 17 produtos que têm como activos subjacentes acções nacionais.

Os dois fundos geridos pelo BCP - Gestão de Fundos de Investimento, o PPA e o Acções Portugal, ocupam o segundo e terceiro lugar do "ranking", respectivamente, e quase triplicam o retorno do índice de referência PSI-20. O fundo PPA regista um retorno de 11,58% em 2007, enquanto que o segundo produto "pagou" 10,80% nos primeiros três meses do ano.

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