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«É necessário reforçar a educação financeira»

O investidor português «precisa de melhorar os conhecimentos sobre investimento e sobre as ferramentas para o fazer», diz Rafael Febres-Cordero.

13 de Julho de 2006 às 09:00
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O investidor português «precisa de melhorar os conhecimentos sobre investimento e sobre as ferramentas para o fazer», diz Rafael Febres-Cordero. Em entrevista ao Jornal de Negócios, o responsável da Fidelity para os mercados de Portugal, Espanha e Itália refere que a principal necessidade é os investidores perceberem «a diferença entre poupar e investir».

«Poupa-se para algo que é específico e tem um período de tempo relativamente curto, talvez 12 meses. É quando se decide: ‘vou comprar um carro ou um barco’ e é preciso preparar-se para isso. Quando não há essas situações de curto prazo e se quer pensar em guardar para o longo prazo, é preciso preparar a estrutura financeira de acordo com isso. E os investidores portugueses tendem a confundir esses conceitos. Para investir, o factor de sucesso é o tempo», referiu. Esta falta de cultura financeira é o que leva a que 80% das pessoas que estão a poupar para a reforma o faça através de depósitos a prazo, diz Rafael Febres-Cordero. No entanto, o debate sobre o estado da segurança social está a fazer com que esta situação se comece a alterar, acrescenta.

«A atenção para estes assuntos tem aumentado e vejo com agrado a urgência com que o Governo quer reformar o sistema de pensões. E há uma mensagem clara do Governo para os cidadãos de que é trabalho deles tratar de assegurar a reforma». Mas antes que esse trabalho de preparação para a reforma tenha início, é necessário reforçar a educação financeira, reitera.

«Se as pessoas não perceberem a necessidade de se precaver através de instrumentos financeiros, pode-se dar todos os benefícios fiscais que a situação não se vai alterar». Aproveitando o perfil do investidor português, a Fidelity apostou na introdução em Portugal de fundos que investem em imobiliário, um produto que Rafel Febres-Cordero espera que possa levar a que os investidores revejam a política de comprar directamente activos imobiliários. «Há a ilusão de que comprar imobiliário é a solução para todos os problemas de investimento. Mas como em tudo, se nos concentramos só numa coisa, ficamos muito expostos», diz.

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