A Volvo Cars comunicou ao mercado novos valores sobre o IPO (oferta pública inicial, na sigla anglo-saxónica) que pretende fazer na bolsa de Estocolmo. A empresa, que é detida pela companhia chinesa Geely, reduziu o valor do IPO para 20 mil milhões de coroas suecas (cerca de 2 mil milhões de euros), contra o anterior valor ambicionado de 25 mil milhões de coroas (2,5 mil milhões de euros). 

Em comunicado, a Volvo indica que fixou o preço por ação nas 53 coroas, cerca de 5,3 euros, optando pelo valor mais baixo do intervalo anunciado anteriormente, que variava entre 53 e 68 coroas. 

Desta forma, a empresa aponta agora para uma avaliação mais modesta com esta operação. A Volvo Cars ficará avaliada nos 15,5 mil milhões de euros, contra o intervalo anteriormente definido que apontava para uma avaliação entre 16,35 mil milhões e 19,8 mil milhões de euros.  

Além destas mudanças, também a data desta operação foi alterada, com a empresa a antecipar começar a negociação na bolsa de Estocolmo a 29 de outubro, esta sexta-feira, um dia depois da data antecipada. 

"Com a estrutura alterada, estamos ansiosos pela colocação no índice Nasdaq Stockholm na sexta-feira, que é um marco relevante para a Volvo Cars", diz Hakan Samuelsson, CEO da empresa. Este responsável aponta que o valor encaixado pela operação permitirá à empresa "assegurar o financiamento para a estratégia de transformação" da Volvo. 

A entrada em bolsa da Volvo Cars é vista como uma vitória para a Geely, que comprou a Volvo Cars há mais de uma década por 1,8 mil milhões de dólares. A companhia chinesa já tinha tentado levar a Volvo Cars até à bolsa, em 2018. No entanto, os planos terão sido abandonados devido à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

As alterações ao IPO da Volvo, que foi reduzido em 20%, acontece num momento em que os investidores estão atentos a dois fatores que estão a afetar a indústria automóvel, que tem apostado cada vez mais na eletrificação: os preços da energia e ainda os atrasos nas cadeias de distribuição.