Notícia
Vários membros da Fed consideram que abrandamento dos estímulos pode ser antecipado. Inflação não assusta
As atas da última reunião de política monetária do banco central revelaram que vários membros da instituição consideram que a redução de estímulos vai surgir antes do previsto.
Dentro da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) existem vários decisores que consideram que os estímulos monetários vão ser retirados antes da data prevista, de acordo com as atas divulgadas nesta quarta-feira pela entidade, que mostraram ainda que a opinião dos membros sobre a inflação é unânime: não assusta, uma vez que é de caráter temporário.
"Vários participantes mencionaram que esperam que as condições para o início da redução da velocidade da compra de ativos estejam reunidas mais cedo do que antecipavam nas últimas reuniões à luz dos dados recebidos", pode ler-se no mesmo documento.
Contudo, os membros do banco central consideraram que estava a ser feito um progresso substancial no campo da recuperação económica, mas que ainda não foi totalmente "alcançado". Acrescentam as atas que, ainda assim, esperam que o progresso continue.
"Globalmente, os decisores consideraram que, por uma questão de planeamento prudente, era importante estar bem posicionado para reduzir o ritmo de compras de ativos, se apropriado, em resposta a desenvolvimentos económicos inesperados, incluindo um progresso mais rápido do que o previsto em direção às metas do Comité ou o surgimento de riscos que poderiam impedir a obtenção dos objetivos do Comité", dizem as atas.
Na última reunião de 15 e 16 de junho, o banco central norte-americano optou por manter todos os apoios inalterados, como os juros diretores em mínimos históricos e a bazuca de compra de dívida nos 120 mil milhões de dólares por mês. Mas dada a velocidade de recuperação da economia, que foi revista em alta para este ano, a pressão sobre um desaceleramento fez-se sentir no discurso do líder da Fed.
Nesse encontro, a chamada "dot plot" (gráfico de frequência) mostrou que 13 dos 18 decisores esperavam dois aumentos dos juros diretores (atualmente no intervalo entre 0% e 0,25%) até ao final de 2023. Na reunião de março, não se previa qualquer aumento até, pelo menos, 2024.
Membros consideram inflação temporária
Apesar das diferentes perspetivas quanto à velocidade das compras de ativos, os membros do banco central mantiveram-se juntos no campo da inflação, considerando que "reflete fatores transitórios", em linha com o que vem sendo dito por Jerome Powell nas últimas aparições públicas.
O sentimento que prevalece no seio da instituição é de que o índice de preços irá baixar nos próximos meses, mas não sem antes ir bater nos 3,4% ainda este ano, como previsto.
As novas previsões do banco central norte-americano mostram uma revisão em alta em dois indicadores face ao que foi definido em março deste ano. A Fed prevê que a inflação se situe nos 3,4% em 2021, acima dos 2,4% desenhados nas últimas projeções macroeconómicas. Mas, nos anos seguintes, o banco central aponta para uma redução ao encontro da sua meta de 2%: em 2022 este indicador deverá situar-se nos 2,1% e em 2023 será de 2,2%.
A economia norte-americana acrescentou 850.000 postos de trabalho em junho. Se o ritmo de contratações continuar durante o verão, pode "levar o Comité a acelerar as datas da redução" face ao esperado inicialmente.
"Vários participantes mencionaram que esperam que as condições para o início da redução da velocidade da compra de ativos estejam reunidas mais cedo do que antecipavam nas últimas reuniões à luz dos dados recebidos", pode ler-se no mesmo documento.
"Globalmente, os decisores consideraram que, por uma questão de planeamento prudente, era importante estar bem posicionado para reduzir o ritmo de compras de ativos, se apropriado, em resposta a desenvolvimentos económicos inesperados, incluindo um progresso mais rápido do que o previsto em direção às metas do Comité ou o surgimento de riscos que poderiam impedir a obtenção dos objetivos do Comité", dizem as atas.
Na última reunião de 15 e 16 de junho, o banco central norte-americano optou por manter todos os apoios inalterados, como os juros diretores em mínimos históricos e a bazuca de compra de dívida nos 120 mil milhões de dólares por mês. Mas dada a velocidade de recuperação da economia, que foi revista em alta para este ano, a pressão sobre um desaceleramento fez-se sentir no discurso do líder da Fed.
Nesse encontro, a chamada "dot plot" (gráfico de frequência) mostrou que 13 dos 18 decisores esperavam dois aumentos dos juros diretores (atualmente no intervalo entre 0% e 0,25%) até ao final de 2023. Na reunião de março, não se previa qualquer aumento até, pelo menos, 2024.
Membros consideram inflação temporária
Apesar das diferentes perspetivas quanto à velocidade das compras de ativos, os membros do banco central mantiveram-se juntos no campo da inflação, considerando que "reflete fatores transitórios", em linha com o que vem sendo dito por Jerome Powell nas últimas aparições públicas.
O sentimento que prevalece no seio da instituição é de que o índice de preços irá baixar nos próximos meses, mas não sem antes ir bater nos 3,4% ainda este ano, como previsto.
As novas previsões do banco central norte-americano mostram uma revisão em alta em dois indicadores face ao que foi definido em março deste ano. A Fed prevê que a inflação se situe nos 3,4% em 2021, acima dos 2,4% desenhados nas últimas projeções macroeconómicas. Mas, nos anos seguintes, o banco central aponta para uma redução ao encontro da sua meta de 2%: em 2022 este indicador deverá situar-se nos 2,1% e em 2023 será de 2,2%.
A economia norte-americana acrescentou 850.000 postos de trabalho em junho. Se o ritmo de contratações continuar durante o verão, pode "levar o Comité a acelerar as datas da redução" face ao esperado inicialmente.