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UBS diz que BCP precisa de clarificar estratégia de aquisições (act.)

O Banco Comercial Português tem de clarificar a estratégia de fusões e aquisições depois da derrota na corrida ao BCR, dizem os analistas do UBS, que para já mantêm a recomendação de «neutral» e o preço-alvo de 2,00 euros para os títulos.

21 de Dezembro de 2005 às 09:27
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O Banco Comercial Português tem de clarificar a estratégia de fusões e aquisições depois da derrota na corrida ao BCR, dizem os analistas do UBS, que para já mantêm a recomendação de «neutral» e o preço-alvo de 2,00 euros para os títulos.

Para os analistas, a reacção das acções do BCP esta manhã mostra «claramente que o mercado não queria que o BCP realizasse esta operação» e por isso é necessário que o banco revele a estratégia para os próximos tempos.

«Pensamos que os investidores vão querer ouvir a mensagem do BCP relativamente ao apetite para outros negócios de fusão e aquisição. (...) O mercado poderá ficar preocupado com a possibilidade do BCP virar-se para um novo alvo e quer ter garantias de que isto não irá acontecer», lê-se no relatório da casa de investimento.

O UBS afirma ainda que esta derrota no concurso de compra dos 61,9% do Banca Comerciala Romana abalou o sentimento do mercado face ao BCP, que terá agora um longo caminho pela frente até conseguir ter novamente a confiança dos investidores para estas operações.

«Pensamos que o BCP deverá demorar até conseguir recuperar novamente a confiança dos investidores que tinha reconstruído com esforço na sequência da forte queda da cotação registada em 2001», dizem os analistas.

A casa de investimento refere também que as acções do banco deverão demorar algum tempo até conseguirem recuperar a cotação para próximo do pico dos 2,40 euros atingido antes do anúncio da oferta de compra ao BCR. «Continuamos a acreditar nas nossas perspectivas para o banco antes de ter surgido a oferta ao BCR, ou seja, de que o corte dos custos no mercado doméstico iria impulsionar as acções, mas pensamos que vai ser necessário que a ‘poeira’ deste caso do BCR baixe para que o mercado se concentre neste potencial resultante da reestruturação e do controlo de custos».

Para já o UBS mantém a recomendação de «neutral» para os títulos do BCP e deixa inalterado também o preço-alvo de 2,00 euros.

As acções do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto seguiam a valorizar  8,21% para os 2,24 euros.

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