O preço do barril de petróleo seguia a valorizar mais de 2%, com o regresso dos receios em torno de uma interrupção dos fornecimentos do Irão depois do ministro do petróleo saudita ter afirmado que os preços deverão manter-se em níveis elevados com as crescentes tensões geopolíticas no Médio Oriente.

O West Texas Intermediate (WTI) negociado em Nova Iorque, ganhava 2,32% para os 67,80 dólares, enquanto em Londres, o «brent»  cotava nos 66,35 dólares, a ganhar 2,20%.

«Não tenho controlo sobre os preços», afirmou Ali al-Naimi, ministro do petróleo da Arábia Saudita (maior exportador de petróleo do mundo), citado pela Bloomberg, acrescentando que «eles não vão descer por haver muita matéria-prima, existem muitos problemas além das reservas e da procura».

Desde o início do ano, os preços da matéria-prima já avançaram mais de 9,4% em Nova Iorque e de 10,9% em Londres.

Entre os principais factores para a subida dos preços do petróleo está a tensão em torno do Irão. O segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e o quarto maior produtor mundial retomou o seu programa nuclear e a comunidade internacional ameaçou denunciar o país ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Esta situação  aumentou o receio de que possam ser impostas sanções contra a indústria petrolífera iraniana o que poderá levar a uma diminuição das suas exportações.

A aumentar a preocupação sobre a tensão política no Médio Oriente, está também a vitória do partido Hamas na autoridade palestiniana. A facção armada, ao que tudo indica, terá ganho as eleições com mais de 55% dos votos, naquelas que são as primeiras eleições após a morte do líder palestiniano Yasser Arafat.