A recuperação da Portugal Telecom e a Mota Engil em novo máximo não chegavam para a bolsa nacional acompanhar os ganhos europeus, devido às quedas da Brisa e pelo Banco Comercial Português, levando o PSI-20 a deslizar 0,09%.

O principal índice da bolsa nacional cotava nos 7.748,81 pontos [psi20] com seis acções a subir, oito em queda e seis inalteradas. Na Europa, as bolsas subiam animadas pelo facto do petróleo [cl1] estar hoje a aliviar dos máximos atingidos nas últimas sessões.

A Brisa [brisa] perdia 1,3% para os 6,84 euros, corrigindo assim dos ganhos verificados nas últimas seis sessões. A concessionária valorizou cerca de 5% na semana passada uma vez que atravessa um bom momento técnico e beneficia de perspectivas que apontam para a continuação de subida do seu tráfego, consideram os analistas.

A sua subsidiária no Brasil, a CCR (detida em 17,9% pela Brisa), registou lucros de 56,5 milhões de euros no primeiro trimestre de 2005 o que representa um crescimento de 128,6% em termos homólogos. No segundo trimestre, a subida homóloga foi de 372% para os 33,4 milhões de euros.

Os analistas do BPI aplaudiram estes resultados considerando que a apreciação do real ajudou a participada da Brisa a melhorar os seus resultados financeiros.

O Banco Comercial Português [bcp] deslizava 0,47% para os 2,10 euros, enquanto a restante banca contrariava, com o Banco Espírito Santo [besnn] a subir 0,23% para os 12,90 euros e com o Banco BPI [bpin] a somar 0,29% para os 3,47 euros.

A Sonae SGPS [son] também pressionava com uma queda de 0,83% para os 1,20 euros.
Em sentido contrário seguia a Portugal Telecom (PT) [ptc], com uma valorização de 0,62% para os 8,14 euros, depois de ter subido mais de 1% para os 8,18 euros.

A operadora nacional tem vindo a recuperar das perdas registadas desde 1 de Junho, altura em que fez o «profit warning» para a TMN. A PT Multimédia [ptm] deslizava 0,12% para os 8,32 euros.

A Mota-Engil avançava 1,97% para os 3,11 euros, depois de ter valorizado 5,57% para o máximo de sempre nos 3,22 euros.

A Energias de Portugal (EDP) [edp] seguia inalterada nos 2,21 euros. A Electricité de France (EDF) está a negociar a venda da participação de 10% que detém na Tejo Energia, empresa presidida por Cardoso e Cunha que gere a central térmica do Pego, noticiou hoje o Jornal de Negócios. A EDP, com 10%, deverá aumentar a participação em pouco mais de 1%.

A Media Capital depreciava 0,15% para os 6,79 euros no dia em que mais 1,7 milhões de acções, com o valor nominal de nove cêntimos cada, foram admitidas à negociação no mercado de cotações oficiais (Eurolist) gerido pela Euronext Lisbon.

Estas acções equivalem a 2,07% do capital da empresa e são admitidas no âmbito dos dois aumentos de capital que foram comunicados ao mercado.