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S&P corta “rating” de países dependentes do petróleo

A S&P cortou a avaliação de vários países produtores de petróleo e reviu em baixa as estimativas para o preço da matéria-prima.

Bloomberg
Negócios 10 de Fevereiro de 2015 às 14:30
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A Standard & Poor’s (S&P) cortou o "rating" da dívida do Cazaquistão, Bahrain, Omã e Venezuela, devido ao impacto da queda do preço do petróleo nestes países, noticia o Wall Street Journal. A agência de notação financeira emitiu ainda, esta segunda-feira, uma previsão negativa para a Arábia Saudita, indicando um possível corte no "rating" de AA-.

  

A S&P reviu também a estimativa para os preços do petróleo para 55 dólares para o barril de Brent este ano e 70 dólares nos próximos três anos, face à previsão de 80 dólares em 2015 e de 85 dólares para 2018.  

 

O "rating" da Venezuela desceu um nível para CCC, 8 níveis abaixo da recomendação de "investimento". A agência de notação financeira afirma que o Governo não agiu quando devia e agora tem pouca margem de manobra para realizar as alterações necessárias para "evitar o incumprimento". A S&P prevê uma contracção do PIB de até 7% e o aumento da inflação em 100% ou mais este ano no país.

  

O Bahrain fica agora apenas um nível acima do grau considerado "lixo", após a alteração do "rating". A S&P realça que 65% da receita fiscal do país baseia-se nas receitas do petróleo (84% vem da indústria energética). Com os salários e subsídios a representar 72% da despesa governamental, "o aumento do peso das despesas sociais reforça a forte vulnerabilidade do Bahrain ao preço do petróleo", afirma a agência no relatório.

 

No Cazaquistão o "rating" está dois níveis acima de "lixo". O sector petrolífero representa cerca de 20 a 30% do PIB do país, mais de 50% das receitas e 60% das exportações, justifica a S&P. O plano do governo para estimular a economia não vai ser suficiente para enfrentar a diminuição do consumo, prejudicado pela recessão na Rússia, considera a agência de notação financeira. Por isso, a S&P prevê uma ligeira diminuição da produção de petróleo no Cazaquistão, de 81,8 milhões para 80,5 milhões de toneladas em 2015.

Abu Dhabi e Qatar mantêm-se com nível AA, devido às posições fiscais mais sólidas dos Emirados Árabes Unidos que permitem suavizar o impacto da queda do preço do petróleo na economia. A S&P manteve também inalterado o "rating" da Malásia e Camarões.

 

O petróleo volta esta terça-feira a desvalorizar. O Brent, negociado em Londres, cai 0,29% para 58,17 dólares. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) perde 1,27%, negociando nos 52,19 dólares por barril. 

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