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Sector das matérias-primas cai mais de 5%

Está a ser um dia negro no sector das matérias-primas. Com o preço de várias 'commodities' em forte queda, as empresas do sector estão a registar desvalorizações acentuadas em bolsa. E, pelo menos, duas já apresentaram novos planos de reestruturação.

Bloomberg
08 de Dezembro de 2015 às 12:01
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Com o preço do petróleo em mínimos de 2009 e o minério de ferro no valor mais baixo dos últimos 10 anos, as empresas do sector registam quedas acentuadas em bolsa. A Anglo American e a Rio Tinto já anunciaram novos planos de reestruturação. Outras podem seguir-se, alertam os analistas.  

O índice europeu que reúne as maiores empresas europeias do sector recua mais de 5%. Os títulos da Glencore e da Anglo American já perderam mais de 9% e os da Arcellor Mittal recuam acima de 6%.

Na bolsa australiana, as acções da BHP Billiton recuaram mais de 5% para o nível mais baixo desde o verão de 2005 e as da Rio Tinto, que hoje anunciou o corte de mil milhões de dólares de despesas previstas para 2016, perderam 4,2% para mínimos de 2009. 

O sector reage assim à forte queda dos preços das matérias-primas. O preço do petróleo, por exemplo, continua a negociar em mínimos de 2009, apesar de hoje estar a subir em Londres e em Nova Iorque. No mercado londrino, o Brent transacciona nos 41,39 dólares e no norte-americano segue nos 37,99 dólares. 

De acordo com Andy Lynch da Schroder Investment Management, ouvido pela Bloomberg TV e citado pelo The Guardian, os produtores de petróleo vão ter que repensar as suas estratégias caso o petróleo continue a negociar em torno dos 40 dólares por barril. "Muitos vão ter que começar a pensar se é, ou não, sustentável pagar dividendos", alertou o analista após a Anglo American ter anunciado que não vai pagar o dividendo referente ao segundo semestre de 2015 e a 2016.  

Esta foi apenas uma das medidas anunciadas esta terça-feira pela Anglo American. A empresa quer também reduzir o número de trabalhadores de 135 mil para menos de 50 mil e cortar o número de minas de 55 para 20. 
"A severidade da deterioração dos preços das matérias-primas exige uma acção mais arrojada", sublinhou a empresa em comunicado.

Kieron Hodgson, analista da Panmure Gordon, concorda com Andy Lynch quanto à necessidade de outras empresas seguirem o exemplo da Anglo American e suspenderem o pagamento dos dividendos.

 

(Notícia actualizada às 12:37)

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