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Bolsas europeias no vermelho com dados económicos desanimadores na China
A queda pelo quinto mês consecutivo das exportações chinesas aliada à forte quebra registada no sector das matérias-primas está a pressionar fortemente as principais praças europeias que seguem a transaccionar em terreno negativo.
Vermelho é a cor que está a marcar a sessão das principais praças europeias esta terça-feira, 8 de Dezembro. O Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores cotadas do Velho Continente, segue a recuar 1,32% para 367,55 pontos, com o índice de referência europeu a negociar em mínimos de 16 de Novembro.
Num dia de fortes perdas, a praça grega cai mais de 4%, acompanhada pela congénere transalpina que cede perto de 2% e ainda pelo espanhol IBEX que perde 1,63%.
A contribuir para o comportamento das principais praças bolsistas do Velho Continente está a divulgação de dados económicos na China e a desvalorização hoje registada pelo sector das matérias-primas.
Esta manhã, foi revelado que as exportações chinesas caíram, em Novembro, pelo quinto mês consecutivo, uma queda acompanhada pela quebra também registada nas importações, que recuam há já 13 meses seguidos. Estes são dados que vêm novamente elevar a apreensão em torno da recuperação da segunda maior economia mundial, cuja meta de crescimento já foi revista em baixa para 2015.
Também a penalizar o sentimento dos investidores europeus está a acentuada desvalorização registada no sector das matérias-primas que está a perder mais de 5%. Além do petróleo, cujo preço por barril segue em mínimos de quase sete anos em Londres, também o minério de ferro está em mínimos de 10 anos.
Algumas das maiores empresas do sector estão a negociar em forte queda: os títulos da Glencore e da Anglo American já perderem mais de 9% e os da Arcellor Mittal recuam acima de 6%.
Por outro lado, as declarações proferidas por Mario Draghi na semana passada também continuam a penalizar as praças europeias. O presidente do Banco Central Europeu (BCE) anunciou o prolongamento até 2017 do programa de compra de activos da autoridade monetária europeia. No entanto este anúncio causou alguma desilusão junto dos investidores que mantinham a expectativa de que o BCE poderia reforçar o montante mensal do programa de "quantitative easing" iniciado em Março deste ano.