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"Se tivermos de subir mais os juros ao longo do tempo, iremos fazê-lo", promete Powell
O líder da Fed respondeu às questões do Congresso dos Estados Unidos sobre a estratégia para travar o impacto da inflação e afirmou que ainda há um "longo caminho" até a política monetária voltar ao "normal".
A Reserva Federal (Fed) norte-americana está preparada para usar todos os instrumentos que tem à disposição para fazer face à inflação. A garantia foi dada pelo governador Jerome Powell, que diz estar disponível para acelerar ainda mais que o estimado atualmente as taxas de juro de referência.
"Se tivermos de subir mais as taxas de juro ao longo do tempo, iremos fazê-lo", afirmou Powell, numa audição no Senado dos Estados Unidos, que está a decorrer esta terça-feira. "Vamos precisar de estabilidade dos preços" e "vamos usar as nossas ferramentas para trazer a inflação de volta" aos níveis ambicionados pelo banco central (ou seja, uma taxa próxima de 2%).
O líder da Fed - cujo duplo mandato é de estabilidade dos preços e de pleno emprego - alertou que a elevada inflação é uma ameaça severa ao progresso do mercado de trabalho. "A estabilidade dos preços é metade do nosso mandato. Não há base legal para dar preferência à estabilidade dos preços em detrimento do pleno emprego ou vice-versa", defendeu.
Os EUA vão divulgar esta quarta-feira os muito aguardados dados da inflação em dezembro, sendo que as projeções dos analistas consultados pela Bloomberg apontam para uma aceleração homóloga de 7% após 6,8% registados em novembro.
O presidente da Fed explicou que tanto o staff do banco central como a generalidade dos economistas esperava que, por esta altura, a inflação já estivesse a aliviar, mas que os constrangimentos nas cadeias de abastecimento estão a prolongar a situação.
Os decisores políticos do comité da Fed sinalizaram, por isso, que poderão vir a subir o intervalo das taxas de juro (que atualmente se situa num intervalo entre 0% e 0,25%) três vezes este ano e outras tantas no próximo, a começar já a partir de março. Mas o mercado começa a achar que não é suficiente, com o Goldman Sachs por exemplo a apontar para quatro aumentos.
No Congresso, Powell foi questionado sobre as medidas que estão a ser adotadas, com o senador Richard Shelby a fazer comparações com a "era draconiana" de combate à inflação nos anos 1970, sob a liderança de Paul Volcker.
O presidente da Fed sublinhou que a economia "já não precisa nem quer" o nível de estímulos que estavam em vigor até aqui. No âmbito dos estímulos em período pandémico, o banco central começou por desembolsar biliões de dólares na compra de ativos, que entretanto reduziu para 120 mil milhões de dólares por mês.
(Notícia atualizada)
"Se tivermos de subir mais as taxas de juro ao longo do tempo, iremos fazê-lo", afirmou Powell, numa audição no Senado dos Estados Unidos, que está a decorrer esta terça-feira. "Vamos precisar de estabilidade dos preços" e "vamos usar as nossas ferramentas para trazer a inflação de volta" aos níveis ambicionados pelo banco central (ou seja, uma taxa próxima de 2%).
Os EUA vão divulgar esta quarta-feira os muito aguardados dados da inflação em dezembro, sendo que as projeções dos analistas consultados pela Bloomberg apontam para uma aceleração homóloga de 7% após 6,8% registados em novembro.
O presidente da Fed explicou que tanto o staff do banco central como a generalidade dos economistas esperava que, por esta altura, a inflação já estivesse a aliviar, mas que os constrangimentos nas cadeias de abastecimento estão a prolongar a situação.
Os decisores políticos do comité da Fed sinalizaram, por isso, que poderão vir a subir o intervalo das taxas de juro (que atualmente se situa num intervalo entre 0% e 0,25%) três vezes este ano e outras tantas no próximo, a começar já a partir de março. Mas o mercado começa a achar que não é suficiente, com o Goldman Sachs por exemplo a apontar para quatro aumentos.
No Congresso, Powell foi questionado sobre as medidas que estão a ser adotadas, com o senador Richard Shelby a fazer comparações com a "era draconiana" de combate à inflação nos anos 1970, sob a liderança de Paul Volcker.
O presidente da Fed sublinhou que a economia "já não precisa nem quer" o nível de estímulos que estavam em vigor até aqui. No âmbito dos estímulos em período pandémico, o banco central começou por desembolsar biliões de dólares na compra de ativos, que entretanto reduziu para 120 mil milhões de dólares por mês.
Em novembro e dezembro de 2021 deixou de investir 30 mil milhões de dólares nestas compras (15 mil milhões em cada um dos meses), pelo que o ritmo de compra de ativos com que entrou em 2022 estava na base dos 90 mil milhões de dólares por mês: 60 mil milhões de dólares em obrigações do Tesouro (OT) e 30 mil milhões em títulos garantidos por hipotecas.
(Notícia atualizada)