O presidente do Banco Espírito Santo (BES) e actual presidente do conselho de administração da Euronext Lisbon, Ricardo Salgado defende que o substituto do demissionário Alves Monteiro deverá ser de nacionalidade portuguesa.

Com o pedido de demissão de Alves Monteiro das suas funções na presidência executiva na Euronext Lisbon, «estamos agora a procurar outro português que seja aceite pela comissão executiva da Euronext», que agrega as Bolsa de Paris, Bruxelas e Amsterdão e a Bolsa de derivados londrina LIFFE.

O presidente demissionário alega que a sua saída se prendeu apenas com razões de ordem pessoal, tendo mostrado disponibilidade para se manter no cargo até que seja encontrado um substituto.

A Bolsa nacional deverá estar completamente integrada naquela plataforma, até ao final do ano, disse Ricardo Salgado, no final da conferência de imprensa de apresentação de resultados do BES.

Por ser uma multinacional, Ricardo Salgado admite que a escolha incida sobre o profissional estrangeiro, apesar de preferir uma solução nacional.

O novo responsável máximo da Euronext Lisbon deverá conseguir integrar-se no grupo de trabalho, onde estão «holandeses, franceses, belgas e ingleses», lembrou a mesma fonte.

Salgado avançou ainda que «espero que a minha opinião seja convincente» para travar a escolha de um profissional estrangeiro na presidência da Bolsa nacional.

Sobre a reduzida liquidez do mercado de capitais nacional, o presidente do BES [BESNN] sublinha que essa é uma preocupação de todos os mercados da Euronext. A Bolsa nacional representa cerca de 2% da Euronext.

As acções do BES cotavam inalteradas nos 12,30 euros.