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Reserva Federal será o supervisor da estabilidade nos mercados

O secretário de estado do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, anunciou à pouco uma série de medidas para reforçar a regulação financeira nos EUA, que passam pelo reforço do papel da Reserva Federal, dando à autoridade monetária maior poderes na det

31 de Março de 2008 às 16:31
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O secretário de estado do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, anunciou à pouco uma série de medidas para reforçar a regulação financeira nos EUA, que passam pelo reforço do papel da Reserva Federal, dando à autoridade monetária maior poderes na detecção, prevenção e actuação em futuras crises.

"Nós devemos e podemos ter uma estrutura que está desenhada para o mundo em que vivemos, mais flexível, que se adapte à mudança, que nos permita lidar de forma mais eficiente com as inevitáveis crises no mercado e proteger os investidores e consumidores", afirmou hoje o secretário de estado do Tesouro.

A Reserva Federal (Fed), a entidade responsável pela política monetária nos EUA, passará também a ser responsável pela "estabilidade dos mercados". Para isso, a instituição liderada por Ben Bernanke partilhará poderes na supervisão não só dos bancos comerciais, mas também dos bancos de investimento e seguradoras.

"Para fazer o seu trabalho de regulador da estabilidade nos mercados, a Fed tem de poder avaliar a situação de capital, a liquidez e as margens praticadas em todo o sistema financeiro e o seu potencial impacto para a estabilidade", afirmou Paulson. Neste âmbito, a Fed passa também a poder fornecer liquidez a qualquer interveniente no mercado, em caso de ameaça à estabilidade.

Aquela que já é considerada a maior reforma na regulação financeira desde a Grande Depressão, passa também pela concentração entre reguladores. Assim a supervisão bancária, dispersa por várias autoridades federais, passará a pertencer a um só regulador, enquanto a Securities and Exchange Comission, a autoridade do mercado de capitais, será reunida com a Commodity Futures Trading Comission, que supervisiona a transacção de futuros sobre mercadorias.

As medidas terão de ser aprovadas pelo congresso dos EUA, um processo que será moroso e cujo destino passará pelo vencedor das eleições presidenciais, em Novembro do próximo ano.

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