Os fundos de pensões portugueses fecharam 2005 com rendibilidades acima dos 8%, de acordo com os dados divulgados hoje pela Watson Wyatt e a Mercer Investment Consulting. As acções foram o activo que mais contribuiu para este ganho.

Em Dezembro, a rendibilidade mediana dos fundos de pensões foi de 1,2%, segundo a Mercer, o que colocou o retorno do ano nos 8,2%. As estimativas da Watson Wyatt apontam para valores mais elevados, avançando com uma rendibilidade de 1,9% em Dezembro e de 10% no total do ano.

A contribuir para estes ganhos estiveram as acções, que apresentaram um desempenho  acima dos 20%, impulsionando o retorno dos fundos de pensões. «No mercado accionista, as bolsas registaram uma performance bastante positiva, com o índice MSCI Europeu a registar uma valorização de 3,5% em Dezembro e um ganho anual de 26,7%», lê-se no relatório apresentado pela Mercer Investment.

O ganho conseguido em Dezembro não impediu que o quarto trimestre tenha sido, de acordo com os dados da Mercer, o pior do ano, alcançando uma rendibilidade de 1,2%, valor que fica abaixo dos 2,5% observados no segundo e terceiro trimestre do ano e dos 1,5% apresentados nos primeiros três meses de 2005.

A Watson Wyatt, por sua vez, coloca a rendibilidade do trimestre nos 2,4%, valor que fica acima do conseguido no primeiro trimestre e próximo do observado nos outros dois trimestres.