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REN com maior queda desde maio após redução de lucros e revisões em baixa

O Banco de Investimento Global reduziu o preço-alvo e cortou a recomendação da REN, um dia após a apresentação de resultados da operadora da rede elétrica nacional. Outras duas casas de investimento reafirmaram as respetivas avaliações.

22 de Março de 2019 às 11:10
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A REN- Redes Elétrica Nacional está a desvalorizar mais de 2,5% em bolsa na primeira sessão após a apresentação dos resultados do exercício de 2018 e numa altura em que o BIG se veio demonstrar menos otimista em relação ao rumo das ações. 

A REN segue a perder 2,57% para os 2,574 euros, tendo já descido aos 2,566 euros na sequência de uma queda de 2,88%. Este "abalo", o maior desde maio do ano passado, ditou que as cotações tocassem um mínimo de 28 de janeiro. A manter-se a tendência, esta semana fechará com  pior registo desde maio do ano passado, contando agora uma quebra acumulada de 3,16% nos últimos cinco dias. 
A contribuir para o sentimento negativo está a nota divulgada pelo BIG, à qual o Negócios não teve acesso, onde a casa de investimento revê o preço-alvo em baixa de 2,77 euros para os 2,69 euros, de acordo com a Bloomberg. A nova avaliação implica ainda assim um potencial de subida de 3,4% face ao valor de fecho das ações na última sessão. 

Os restantes dois bancos que se pronunciaram sobre a REN esta sexta-feira, 22 de março, mantiveram o preço-alvo que atribuíam à operadora da rede elétrica. O JB Capital Markets é mais otimista, e continua a apontar para os 2,90 euros, enquanto o BBVA põe a fasquia nos 2,30 euros. A média de avaliações apontada pela Bloomberg de acordo com os dados de 11 casas de investimento é de 2,59 euros. 

O BIG decidiu ainda alterar a recomendação de "acumular" para "neutral". Já o JB Capital Markets e o BBVA optam por manter a recomendação de "neutral" e "underperform", respetivamente. Antes da revisão do BIG, a REN contava com quatro recomendações de compra, seis para manter e quatro para vender, de acordo com a Bloomberg.

A REN fechou 2018 com lucros de 115,7 milhões de euros, o que equivale a uma queda de 8,1% face ao registado no ano anterior. Os resultados líquidos ficaram assim em linha com o esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg. Em comunicado a empresa liderada por Rodrigo Costa justifica esta queda com "uma maior taxa de imposto efetiva a qual, com a manutenção da Contribuição Especial para o Setor Elétrico, ascendeu a 42%".

A REN vai propor o pagamento de um dividendo de 17,1 cêntimos, em linha com a remuneração dos anos anteriores e com o previsto no plano estratégico da companhia.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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