O regulador britânico para os serviços financeiros apresentou o novo plano de regulação das taxas Libor. Regulador admite que novas regras não "blindam" as taxas pelo que pretende criminalizar a sua manipulação.

O Autoridade de Serviços Financeiros (FSA, na sigla inglesa) apresentou uma proposta de alteração da regulação relativa à forma como são determinadas as taxas Libor. O Governo britânico acolheu bem a proposta e considera-a "excelente e muito sólida".

O presidente da FSA, Martin Wheatley, apresentou a proposta esta tarde em Londres. Além de propor que se retire a responsabilidade de determinar as taxas à Associação Bancária Britânica (BBA, na sigla inglesa), sugere criminalizar a manipulação das taxas com a finalidade de obter ganhos financeiros.

O plano apresentado pelo regulador britânico constituído por 10 pontos foi considerado bem recebido pelo Governo, a quem compete autorizar ou impedir que a FSA tenha autoridade para controlar e, no limite, determinar as taxas Libor.

Martin Wheatley defendeu ainda que devem ser eliminadas mais 100 cotações para as taxas Libor que não têm liquidez suficiente para que os bancos possam comunicar cotações com base em valores de mercado.

Além disso, o regulador quer criminalizar a manipulação das taxas e para isso propôs a criação de um código de conduta para os bancos que contribuam com cotações. Serão feitas auditorias para garantir que os bancos não podem obter ganhos financeiros com movimentações de alguns pontos base das taxas.

"É sempre possível entrar em conluio" para manipular as taxas interbancários que são usadas no Reino Unido e Estados Unidos da América. "Mas com as novas regras, as pessoas estariam a assumir grandes riscos."