Notícia
Regulador da China anuncia medidas para reavivar mercados
O regulador dos mercados chinês anunciou algumas medidas para aumentar a confiança dos investidores no país. Entre as propostas está o corte nos custos de negociação e o aumento das horas de "trading".
O regulador dos mercados da China (China Securities Regulatory Commission, na sigla em inglês) desvendou esta sexta-feira medidas para animar os mercados acionistas do país, que têm registado quedas consecutivas nos últimos dias.
Entre as medidas propostas está o corte nos custos de negociação ("trading"), a extensão das horas de negociação no mercado acionista e obrigacionista, o apoio a programas de recompra de ações - uma das formas de remuneração dos acionistas e de valorização das cotadas, a introdução de incentivos a investimentos de longo prazo, habitualmente acima dos 12 meses, e o desenvolvimento de mais fundos que reproduzam índices.
A Comissão indicou também que ia tentar assegurar uma "velocidade racional" de ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês).
Uma das outras propostas que tem vindo a ser discutida, o corte do imposto de selo, não foi ainda aprovada e segundo indica o regulador estará sobre a alçada do Ministério das Finanças.
Segundo a Reuters, o mercado esperava que fosse introduzido o mecanismo T+0 que permitiria que as ações fossem compradas e vendidas no mesmo dia, mas a CSRC acabou por não incluir a proposta, explicando que poderia gerar especulação e prejudicar investidores de retalho.
O objetivo é de aumentar a "confiança dos investidores no mercado de capitais chinês", pode ler-se no comunicado, bem como estabilizar o mercado. "Sem um ambiente de mercado relativamente estável, não existe nenhuma base para revitalizar o mercado e melhorar o sentimento" dos investidores, afirma a CSRC.
Apesar de serem propostas, os analistas consultados pelo Financial Times indicam que a linguagem usada leva a querer que o regulador já estava em processo de aprovação das medidas. Sinal disso é que, após o anúncio, as gestoras da bolsa de Shanghai e Shenzhen anunciaram que iam cortar as comissões para corretoras em um terço e numa escala mais baixa para o mercado de obrigações.
De uma forma geral, os analistas consultados pela Reuters e pela Bloomberg indicam que as medidas propostas não são suficientes e não devem resolver as preocupações mais macroeconómicas com a economia chinesa. Mesmo que tenha algum impacto será muito a curto-prazo, indicou um outro analista ao Financial Times.
Esta era uma antiga promessa dos líderes chineses que se tinham comprometido no final de julho a revigorar o mercado acionista, que tem sido fortemente penalizado pelo abrandamento do crescimento económico e pelos problemas no mercado do imobiliário, com grandes nomes como a Evergrande e o Country Garden em incumprimento.
O índice de referência chinês, o CSI 300 perde 2% este ano, tendo chegado a tocar mínimos de nove meses. A prestação deste "benchmark" compara com uma subida de 14% no índice de referência mundial, o S&P 500.
Ao longo desta madrugada, os mercados tiveram algum apoio de uma decisão do Banco Popular da China de fixar os níveis de intervenção no mercado cambial nos 7,2006 dólares, o que comparado com as estimativas de um inquérito ao mercado da Bloomberg, registou o maior desfasamento desde 2018, escreveram analistas do Deutsche Bank numa nota. Ainda assim, não foi suficiente para impedir uma queda nos mercados acionistas.
Entre as medidas propostas está o corte nos custos de negociação ("trading"), a extensão das horas de negociação no mercado acionista e obrigacionista, o apoio a programas de recompra de ações - uma das formas de remuneração dos acionistas e de valorização das cotadas, a introdução de incentivos a investimentos de longo prazo, habitualmente acima dos 12 meses, e o desenvolvimento de mais fundos que reproduzam índices.
Uma das outras propostas que tem vindo a ser discutida, o corte do imposto de selo, não foi ainda aprovada e segundo indica o regulador estará sobre a alçada do Ministério das Finanças.
Segundo a Reuters, o mercado esperava que fosse introduzido o mecanismo T+0 que permitiria que as ações fossem compradas e vendidas no mesmo dia, mas a CSRC acabou por não incluir a proposta, explicando que poderia gerar especulação e prejudicar investidores de retalho.
O objetivo é de aumentar a "confiança dos investidores no mercado de capitais chinês", pode ler-se no comunicado, bem como estabilizar o mercado. "Sem um ambiente de mercado relativamente estável, não existe nenhuma base para revitalizar o mercado e melhorar o sentimento" dos investidores, afirma a CSRC.
Apesar de serem propostas, os analistas consultados pelo Financial Times indicam que a linguagem usada leva a querer que o regulador já estava em processo de aprovação das medidas. Sinal disso é que, após o anúncio, as gestoras da bolsa de Shanghai e Shenzhen anunciaram que iam cortar as comissões para corretoras em um terço e numa escala mais baixa para o mercado de obrigações.
De uma forma geral, os analistas consultados pela Reuters e pela Bloomberg indicam que as medidas propostas não são suficientes e não devem resolver as preocupações mais macroeconómicas com a economia chinesa. Mesmo que tenha algum impacto será muito a curto-prazo, indicou um outro analista ao Financial Times.
Esta era uma antiga promessa dos líderes chineses que se tinham comprometido no final de julho a revigorar o mercado acionista, que tem sido fortemente penalizado pelo abrandamento do crescimento económico e pelos problemas no mercado do imobiliário, com grandes nomes como a Evergrande e o Country Garden em incumprimento.
O índice de referência chinês, o CSI 300 perde 2% este ano, tendo chegado a tocar mínimos de nove meses. A prestação deste "benchmark" compara com uma subida de 14% no índice de referência mundial, o S&P 500.
Ao longo desta madrugada, os mercados tiveram algum apoio de uma decisão do Banco Popular da China de fixar os níveis de intervenção no mercado cambial nos 7,2006 dólares, o que comparado com as estimativas de um inquérito ao mercado da Bloomberg, registou o maior desfasamento desde 2018, escreveram analistas do Deutsche Bank numa nota. Ainda assim, não foi suficiente para impedir uma queda nos mercados acionistas.