Notícia
Xi Jinping pede paciência para fraqueza económica e aponta materialismo ocidental
O crescimento económico caiu para 0,8%, no segundo trimestre do ano, face ao período entre janeiro e março, quando cresceu 2,2%.
17 de Agosto de 2023 às 09:10
O Presidente da China, Xi Jinping, pediu paciência face ao abrandamento da economia chinesa, num discurso publicado esta quinta-feira, e disse que os países ocidentais atravessam "cada vez mais dificuldades" devido ao materialismo e "pobreza espiritual".
O discurso de Xi foi publicado pela Qiushi, a revista bimensal do Partido Comunista Chinês (PCC) sobre teoria política, depois de novos dados divulgados esta semana apontarem para o contínuo abrandamento da atividade na segunda maior economia do mundo.
O Governo deixou, entretanto, de atualizar a taxa de desemprego jovem, que atingiu valores recorde ao longo deste ano, acima dos 20%.
Xi, o líder chinês mais forte das últimas décadas, pediu que a China "construa uma ideologia socialista fortemente coesiva" e que se concentre em objetivos de longo prazo, visando melhorar a educação, saúde e segurança alimentar da população, composta por mais de 1,4 mil milhões de habitantes, em vez de buscar apenas riqueza material a curto prazo.
Desde que assumiu o poder, em 2012, Xi restaurou o papel do PCC como líder económico e social da China e reforçou o controlo político sobre os negócios, educação e sociedade.
Algumas mudanças têm assumido custos crescentes, à medida que empresas chinesas bem-sucedidas são pressionadas a desviar dinheiro para iniciativas políticas, incluindo o desenvolvimento de 'chips' semicondutores.
O PCC reforçou o controlo sobre as indústrias de tecnologia através de uma campanha de regulação da gestão de dados e práticas monopolistas, que eliminou milhares de milhões de dólares em capitalização de mercado.
"Devemos manter a paciência histórica e insistir num progresso constante, passo a passo", disse Xi, no discurso difundido pela Qiushi.
A revista esclareceu que o discurso foi realizado em fevereiro, na cidade de Chongqing, no sudoeste do país. É comum que a Qiushi publique discursos meses depois de serem proferidos.
O crescimento económico caiu para 0,8%, no segundo trimestre do ano, face ao período entre janeiro e março, quando cresceu 2,2%.
Uma pesquisa difundida em junho constatou que o desemprego entre os trabalhadores urbanos com idades entre 16 e 24 anos atingiu um nível recorde de 21,3%.
O Gabinete Nacional de Estatística disse esta semana que iria reter as atualizações enquanto revia os critérios de medição.
O Governo chinês também introduziu uma ampla e vaga Lei de Contraespionagem suscetível de dificultar o intercâmbio com o exterior, que preocupa investidores chineses e estrangeiros.
Xi enfatizou a "prosperidade comum", uma campanha do PCC dos anos 1950, que fez reviver.
O líder chinês pediu soluções para reduzir a enorme diferença de riqueza na China, entre uma pequena elite e a maioria pobre, e "o desenvolvimento saudável do capital", mas não anunciou novas iniciativas.
"A prosperidade comum para todas as pessoas" é uma "característica essencial da modernização ao estilo chinês e uma distinção da modernização de estilo ocidental", disse Xi.
A modernização do Ocidente "almeja a maximização dos interesses do capital, em vez de servir aos interesses da grande maioria das pessoas", observou.
"Hoje, os países ocidentais enfrentam cada vez mais problemas", afirmou Xi. "Estes países não podem conter a natureza gananciosa do capital e não conseguem resolver doenças crónicas como o materialismo e a pobreza espiritual".
O discurso de Xi foi publicado pela Qiushi, a revista bimensal do Partido Comunista Chinês (PCC) sobre teoria política, depois de novos dados divulgados esta semana apontarem para o contínuo abrandamento da atividade na segunda maior economia do mundo.
Xi, o líder chinês mais forte das últimas décadas, pediu que a China "construa uma ideologia socialista fortemente coesiva" e que se concentre em objetivos de longo prazo, visando melhorar a educação, saúde e segurança alimentar da população, composta por mais de 1,4 mil milhões de habitantes, em vez de buscar apenas riqueza material a curto prazo.
Desde que assumiu o poder, em 2012, Xi restaurou o papel do PCC como líder económico e social da China e reforçou o controlo político sobre os negócios, educação e sociedade.
Algumas mudanças têm assumido custos crescentes, à medida que empresas chinesas bem-sucedidas são pressionadas a desviar dinheiro para iniciativas políticas, incluindo o desenvolvimento de 'chips' semicondutores.
O PCC reforçou o controlo sobre as indústrias de tecnologia através de uma campanha de regulação da gestão de dados e práticas monopolistas, que eliminou milhares de milhões de dólares em capitalização de mercado.
"Devemos manter a paciência histórica e insistir num progresso constante, passo a passo", disse Xi, no discurso difundido pela Qiushi.
A revista esclareceu que o discurso foi realizado em fevereiro, na cidade de Chongqing, no sudoeste do país. É comum que a Qiushi publique discursos meses depois de serem proferidos.
O crescimento económico caiu para 0,8%, no segundo trimestre do ano, face ao período entre janeiro e março, quando cresceu 2,2%.
Uma pesquisa difundida em junho constatou que o desemprego entre os trabalhadores urbanos com idades entre 16 e 24 anos atingiu um nível recorde de 21,3%.
O Gabinete Nacional de Estatística disse esta semana que iria reter as atualizações enquanto revia os critérios de medição.
O Governo chinês também introduziu uma ampla e vaga Lei de Contraespionagem suscetível de dificultar o intercâmbio com o exterior, que preocupa investidores chineses e estrangeiros.
Xi enfatizou a "prosperidade comum", uma campanha do PCC dos anos 1950, que fez reviver.
O líder chinês pediu soluções para reduzir a enorme diferença de riqueza na China, entre uma pequena elite e a maioria pobre, e "o desenvolvimento saudável do capital", mas não anunciou novas iniciativas.
"A prosperidade comum para todas as pessoas" é uma "característica essencial da modernização ao estilo chinês e uma distinção da modernização de estilo ocidental", disse Xi.
A modernização do Ocidente "almeja a maximização dos interesses do capital, em vez de servir aos interesses da grande maioria das pessoas", observou.
"Hoje, os países ocidentais enfrentam cada vez mais problemas", afirmou Xi. "Estes países não podem conter a natureza gananciosa do capital e não conseguem resolver doenças crónicas como o materialismo e a pobreza espiritual".