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Queda das reservas de petróleo impulsiona preços

As cotações do petróleo estão a ganhar terreno nos mercados de Londres e de Nova Iorque devido à forte queda das reservas norte-americanas de crude na semana passada.

09 de Janeiro de 2008 às 16:56
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As cotações do petróleo estão a ganhar terreno nos mercados de Londres e de Nova Iorque devido à forte queda das reservas norte-americanas de crude na semana passada.

O petróleo começou por reagir em baixa, por força do aumento dos inventários de destilados, que são mais tidos em conta durante o Inverno por integrarem o gasóleo para aquecimento. No entanto, as menores reservas de crude, em queda há oito semanas, bem como ameaças provenientes de rebeldes nigerianos, estão a contribuir para sustentar os preços.

O West Texas Intermediate [cl1] para entrega em Fevereiro ganha 0,85% em Nova Iorque, para 97,15 dólares por barril. No mercado londrino, o "Brent" do Mar do Norte [co1], crude de referência para a Europa, sobe 1,09% para 96,58 dólares.

De acordo com os dados do Departamento norte-americano da Energia (DoE), os "stocks" de crude caíram 6,736 milhões de barris na semana passada, mais do que o esperado pelos analistas, que apontavam para um decréscimo de 2,1 milhões de barris.

Os inventários da gasolina registaram uma subida de 5,221 milhões de barris, quando as previsões estimavam um acréscimo de apenas 1,6 milhões de barris.

Os "stocks" de produtos destilados – que incluem gasóleo e combustível para aquecimento – aumentaram em 1,516 milhões de barris, contra a previsão de um incremento de um milhão de barris.

Entretanto, o Movimento para a Emancipação do Delta do Níger advertiu para um "ataque iminente" às instalações petrolíferas da maior nação africana produtora de crude, o que está a sustentar as cotações do petróleo. "Está iminente um ataque que irá abalar as bases do mercado petrolífero internacional", anunciou o grupo de militantes.

Desde o início das hostilidades, em princípios de 2006, já foi suspensa 20% da produção de crude do país.

Petróleo nos 130 dólares

A Energy Security Analysis prevê que os preços do crude possam subir para 130 dólares por barril este ano, devido à pouca capacidade extra de produção e às ameaças ao fornecimento mundial. "Há potencial para esse valor", disse à Bloomberg o analista Rick Mueller.

De acordo com este analista, se os rebeldes nigerianos procederem a um ataque a instalações petrolíferas, que afecte o abastecimento mundial, os EUA poderão ter de recorrer às suas reservas estratégias, que têm estado a cair. Nas últimas oito semanas, as reservas de crude acumulam uma queda de 31,836 milhões de barris.

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