A bolsa nacional desvalorizava, pressionada essencialmente pela Galp, que apresentou resultados abaixo da expectativa do mercado. No entanto, enquanto algumas bolsas europeias perdiam mais de 1%, o PSI-20 deslizava apenas 0,02% graças à Energias de Portugal que subia mais de 2%.

O principal índice da bolsa nacional cotava nos 13.235,53 pontos com 13 acções em queda, três a subir e quatro inalteradas.

A Galp Energia [galp] deslizava 1,18% para os 14,18 euros mas chegou a perder mais de 2% para os 14,03 euros. A petrolífera estava a ser penalizada por ter apresentado resultados que ficaram abaixo das estimativas.

Os analistas consideram que os resultados do terceiro trimestre da Galp Energia têm um impacto neutral a negativo na sua avaliação da empresa, sendo a exploração a única história na petrolífera que está a agradar ao mercado. Já a área de distribuição está a desapontar alguns analistas.

A petrolífera nacional anunciou ontem que obteve um lucro ajustado de 377 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

A pressionar estava também a PT Multimédia [ptm] com uma desvalorização de 1,20% para os 9,07 euros. A Portugal Telecom deslizava 0,21% para os 9,58 euros um dia depois de apresentar resultados.

A banca também contribuía para a tendência. O Banco Comercial Português [bcp] escorregava 0,32% para os 3,09 euros no dia em que o Jornal de Negócios avança que as conversações, que ontem prosseguiram, só começaram formalmente depois de a equipa de Filipe Pinhal ter obtido algum conforto nesse sentido junto de todos os grandes investidores da instituição.

O Banco Espírito santo [besnn] perdia 0,31% para os 15,99 euros e o Banco BPI [bpin] escapava à quedas, negociando inalterado nos 15,99 euros.

Também a Cimpor [cimp] seguia em queda de 0,80% para os 6,21 euros apesar de ter apresentado resultados positivos. Os analistas, na generalidade, aplaudiram os resultados da Cimpor e a Lisbon Brokers reforçou mesmo a recomendação de "forte compra", bem como o preço-alvo de oito euros, na sequência da revelação dos mesmos.

A travar perdas maiores está nesta altura a Energias de Portugal [edp] no dia em que foi publicada em Diário da República a decisão de reprivatizar mais uma parte do seu capital social, até 5%, através da emissão de obrigações convertíveis.

A eléctrica [edp] soma 1,92% para os 4,77 euros, mas já disparou 2,35% para os 4,79 euros.