Notícia
PT supera 10 euros pela primeira vez em 10 anos (act)
As acções da Portugal Telecom atingiram hoje a fasquia dos 10 euros, uma cotação que não registavam desde Setembro de 2000. Este ano a operadora é a segunda melhor acção do PSI-20 e do índice europeu do sector.
As acções da Portugal Telecom sobem 1,16% para 10,015 euros, superando a barreira dos 10 euros pela primeira vez desde Setembro de 2000, ano em que rebentou a bolha tecnológica. os títulos estão em máximos de 10 anos tendo em conta a cotação ajustada da PT no passado ao "spinn off" efectuado da PT Multimédia na sequência da OPA da Sonaecom.A operadora de telecomunicações acumula um ganho 17,36% em 2010, sustentada pelo negócio de venda da Vivo. Nas últimas sessões os títulos da companhia liderada por Zeinal Bava têm beneficiado da divulgação de uma série de notas de “research”, onde os analistas actualizaram a avaliação da PT, para incorporar a venda da Vivo à Telefónica e o negócio para entrar na Oi.
A maioria dos preços-alvo da PT está agora acima dos 10 euros, com os analistas a destacarem o impacto positivo do negócio com a Telefónica na avaliação dos títulos. A expectativa que a operadora utilize parte do encaixe para remunerar os accionistas também estará a atrair os investidores ao capital da empresa.
Com esta subida, a PT cimentou a posição de segunda melhor cotada do ano no PSI-20. Os títulos apreciam mais de 17%, uma prestação acima da registada pela Galp Energia (12,33%) e só abaixo da Jerónimo Martins (41%).
No índice europeu para as telecomunicações, o Stoxx Telecoms, a PT surge também em posição de destaque, com a segunda melhor prestação, só superada pela Tele2 (32%). Este índice acumula uma subida de 3% este ano.
A prestação este ano surge depois de no ano passado a PT ter registado uma valorização de 40,36%. Em 2008, caiu 32%, em 2007, ganhou 8% e em 2006, o ano da OPA da Sonaecom, subiu 15,09%.
Ontem surgiu a notícia na imprensa brasileira de que a PT chegou a acordo para comprar 10% da Telemar Participações, no âmbito do negócio com a Oi. Os analistas classificam a notícia de "neutral" e reduz o risco de negócio não ser efectivado
