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Poupança dos portugueses aumenta em pandemia mas rende menos de 1%

Os portugueses conseguiram amealhar mais dinheiro em pandemia, com as poupanças a subirem para mais de 14%. Ainda assim, na hora de aplicar o dinheiro, o rendimento fica aquém dos 1% e, em alguns casos, não passa dos 0%.

19 de Outubro de 2021 às 00:00
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Durante a pandemia, os portugueses pouparam mais, procuraram mais depósitos a prazo e à ordem junto dos entidades bancárias, revela a Deco Proteste, organização de defesa do consumidor. Ainda assim, o rendimento da sua aplicação fica aquém de 1%.

Segundo o mesmo estudo, a poupança subiu de 7,4% para 14,2% do rendimento disponível num ano marcado pela crise pandémica e os depósitos subiram para os 169.299 milhões de euros em agosto de 2021, face a 150.057 milhões de euros em dezembro de 2019.  

Também o investimento em certificados de aforro teve um aumento idêntico passando de 12.020 milhões de euros em período pré-pandemia para 12.363 em agosto de 2021. O crescimento foi notório nos Certificados do Tesouro, com uma subida de 17.049 para 17.788 milhões de euros. Já os Fundos de Investimento foram a opção com aposta mais significativa, passando de 12.995 para 17.673 milhões de euros em julho de 2021.  

"Neste ano e meio de pandemia, a poupança cresceu, mas a aplicação da mesma deixa muito a desejar e a maior parte das famílias verá o seu dinheiro perder valor real, especialmente os que deixarem o dinheiro adormecido nas contas bancárias. Foi com o intuito de ajudar as famílias, que desenvolvemos esta solução de poupança para um montante limitado por pessoa de forma a chegar a um maior número de aforradores, já que existe um plafond definido pela seguradora", diz António Ribeiro, Economista da Deco Proteste.

Acrecenta que "é preciso lembrar que, apesar da taxa de poupança ter aumentado, continuamos com níveis muito inferiores aos da Zona Euro, cuja média atingiu 21,5% no primeiro trimestre deste ano. Por outro lado receamos que, com o passar da pandemia, os níveis de poupança em Portugal regressem aos baixos valores de antes." 

O mesmo estudo da organização mostra que, apesar da poupança aumentar, existe um baixo rendimento destas aplicações (0,06% é a taxa líquida média de um depósito a 12 meses, mas em várias instituições as taxas são mesmo de 0%). Outro dos problemas atuais é a subida da taxa de inflação, gerando perdas reais no valor das poupanças (0,7% prevista para este ano, mas 0,9% para 2022).  

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