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CDS-PP afirma que eventual crise política será da "inteira responsabilidade" da oposição
Paulo Núncio defendeu esta noite que "o primeiro-ministro deu todas as explicações ao país" e que "não há nenhuma razão para uma crise política", algo que os portugueses não querem que aconteça.
O CDS-PP considerou hoje que se houver uma crise política "será da inteira responsabilidade da oposição", desafiando esses partidos a clarificarem se querem eleições antecipadas num momento mundial preocupante.
Paulo Núncio, líder parlamentar do CDS-PP, um dos partidos que suporta o Governo de Luís Montenegro, defendeu esta noite que "o primeiro-ministro deu todas as explicações ao país" e que "não há nenhuma razão para uma crise política", algo que os portugueses não querem que aconteça.
"A acontecer uma crise política, esta crise será da inteira responsabilidade da oposição", considerou, apontando "um momento político muito favorável" em Portugal.
Reafirmando "o total apoio ao Governo", Núnciou considerou que "é tempo de as oposições clarificarem se desejam uma crise política e eleições antecipadas", numa altura "em que o mundo vive momentos difíceis, preocupantes e potenciadores de instabilidade".
"Compete então ao PS e à IL dizerem se se colocarão do lado do PCP e previsivelmente do Chega, trazendo a Portugal uma instabilidade totalmente irresponsável", desafiou, considerando que é da sua decisão que vai depender o futuro da legislatura.
O primeiro-ministro admitiu hoje avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecerem se consideram que o executivo "dispõe de condições para continuar a executar" seu o programa.
"Em termos políticos e governativos, insto daqui os partidos políticos, representados na Assembleia da República, a declarar sem tibiezas se consideram, depois de tudo o que já foi dito e conhecido, que o Governo dispõe de condições para continuar a executar o programa do Governo, como resultou há uma semana da votação da moção de censura", declarou Luís Montenegro, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.
O primeiro-ministro afirmou que, "sem essa resposta, a clarificação política exigirá a confirmação dessas condições no parlamento, o que, por iniciativa do Governo, só pode acontecer com a apresentação de uma moção de confiança".