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PS vai chumbar eventual moção de confiança do Governo e também moção de censura do PCP

O secretário-geral do PS responde assim ao desafio lançado pelo primeiro-ministro para uma clarificação política por parte dos partidos da oposição. Pedro Nuno Santos considera que "o estrago está feito e quebrou-se um relação de confiança com o povo português", mas chumba moção de censura do PCP.

Pedro Nuno Santos anunciou que vai propor à Comissão Política Nacional, que se reúne na segunda-feira, a abstenção no Orçamento para 2025.
António Cotrim/Lusa
01 de Março de 2025 às 22:06
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O secretário-geral do PS anunciou este sábado que vai chumbar uma eventual moção de confiança do Governo, caso seja apresentada, reafirmando o que já tinha dito no debate parlamentar da semana passada, no debate da moção de censura do Chega. Também indicou que chumbará a moção de censura do PCP.

Para Pedro Nuno Santos, o PCP "mordeu o isco" do Governo ao anunciar uma moção de censura ao Executivo, lamentando que o tenha feito. "O Partido Socialista também já disse, não viabilizará uma moção de censura", afirmou o líder socialista. "Nós não viabilizámos a última moção de censura apresentada e discutida no Parlamento e, obviamente, não viabilizaremos também esta moção de censura", frisou.

A posição do secretário-geral socialista surge depois de o primeiro-ministro ter desafiado os partidos da oposição a clarificarem a orientação. "Insto daqui os partidos políticos representados na Assembleia da República a declarar sem tibiezas se consideram, depois de tudo o que já foi dito e conhecido, que o Governo dispõe de condições para continuar a executar o programa do Governo, como resultou há uma semana da votação da moção de censura", afirmou Luís Montenegro na comunicação ao país, deixando em aberto a possibilidade de apresentar uma moção de confiança.

O líder socialista lembrou que o primeiro-ministro disse que o ex-secretário de Estado Hernâni Dias "tinha sido imprudente" e questionou: "O que dirá Luís Montenegro sobre o que aconteceu ao seu próprio caso", acrescentando que "a transmissão de quotas não resolve nenhum problema. O estrago está feito e quebrou-se um relação de confiança com o povo português."

Para Pedro Nuno Santos, a declaração do primeiro-ministro ao país foi "uma fuga para a frente de alguém que não é capaz de assumir responsabilidades, que não é capaz de enfrentar o escrutínio das perguntas e que não é capaz de ter coragem de assumir as consequências deste caso. "O secretário-geral do PS considerou que "o primeiro-ministro neste momento é um dos principais fatores de instabilidade em Portugal", apontando as avenças pagas à empresa Spinumviva.

"O Partido Socialista não será responsável nem fator de instabilidade política em Portugal", declarou, sinalizando a necessidade de o primeiro-ministro ter ainda explicações para dar ao país e acusando Luís Montenegro de ser "prepotente e irresponsável."

Notícia atualizada às 22:25

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