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PAN diz ser difícil apoiar eventual moção de confiança e critica falta de esclarecimentos de Montenegro

"O PAN, sem prejuízo do debate interno que teremos que fazer no âmbito da nossa direção nacional, dificilmente poderá acompanhar uma moção de confiança ao Governo", afirmou Inês Sousa Real.

José Sena Goulão/Lusa
01 de Março de 2025 às 22:53
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A porta-voz do PAN afirmou hoje que dificilmente acompanhará uma moção de confiança apresentada pelo Governo, argumentando que o primeiro-ministro não prestou todos os esclarecimentos que deveria ter dado.

Em declarações à RTP, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, argumentou que não é possível "dissociar uma moção de confiança apresentada pelo Governo da sua política de recuo", por exemplo, em matéria ambiental, direitos dos animais e proteção de crianças e jovens LGBT.

"O PAN, sem prejuízo do debate interno que teremos que fazer no âmbito da nossa direção nacional, dificilmente poderá acompanhar uma moção de confiança ao Governo", afirmou.

Para o PAN, "Luís Montenegro não só não prestou todos os esclarecimentos que necessitava de prestar ao país, como também não pediu desculpa aos portugueses por esta situação que foi criada e que é suscetível de criar aqui uma situação de desconfiança relativamente ao tempo em que tem estado como primeiro-ministro".

Sousa Real disse ainda que o PAN não confunde a moção de censura apresentada pelo Chega, que apelidou de "show-off mediático" para desviar a atenção dos casos mediáticos que atingiram o partido, de outras que possam surgir, como a já anunciada pelo PCP. "Acredito que dificilmente Luís Montenegro verá repetido o cenário de uma rejeição total da moção de censura como aconteceu aquando da votação na Assembleia da República da moção apresentada pelo Chega", considerou.

O primeiro-ministro admitiu hoje avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecerem se consideram que o Executivo "dispõe de condições para continuar a executar" seu o programa.

"Em termos políticos e governativos, insto daqui os partidos políticos, representados na Assembleia da República, a declarar sem tibiezas se consideram, depois de tudo o que já foi dito e conhecido, que o Governo dispõe de condições para continuar a executar o programa do Governo, como resultou há uma semana da votação da moção de censura", declarou Luís Montenegro, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.

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