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Posições curtas nos CTT caem para menos de metade em quatro meses
Os CTT têm visto quebras nos lucros trimestre após trimestre, como consequência do plano de reestruturação. Ainda assim, as acções seguem uma trajectória positiva desde Maio, e os investidores reagem também com menos apostas na queda.
A percentagem de posições curtas sobre os CTT reduziu para menos de 5%, quando há quatro meses ultrapassava os 10%, uma tendência que está alinhada com a trajectória positiva das acções da empresa.
O último fundo a diminuir a posição curta sobre a operadora de correios nacional foi o Worldquant, que a reduziu em 9,46% para os 1,01 milhões de acções, o equivalente a 0,67% do capital accionista da empresa a 21 de Novembro.
Dias antes, o Gsa Capital já tinha aplicado a mesma estratégia, apostando na queda de 870 mil acções – 0,58% do capital dos CTT a 19 de Novembro.
O Worldquant é agora o terceiro fundo mais "pessimista" quanto à evolução dos CTT. É ultrapassado apenas pelo Marshall Wace, que tem uma posição curta sobre 0,98% do capital e, finalmente, pelo Connor Clark & Lunn, que é o único a manter uma posição curta acima da fasquia do 1% - 1,390%, exactamente.
As alterações de posição dos fundos verifica-se depois de os CTT revelarem que tiveram lucros de 9,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um resultado que representa uma queda de 49,3% face ao mesmo período de 2017 e mantém a trajectória descendente dos resultados líquidos que a empresa tem registado nos últimos trimestres. A empresa justifica este resultado pelos gastos não recorrentes associados ao plano de reestruturação em curso no montante de 16,3 milhões de euros pelo pagamento de indemnizações decorrentes das rescisões.
Os CTT seguem esta sexta-feira a somar 1,21% para os 3,35 euros, numa altura em que as cotações da empresa têm visto melhorias significativas. Num ano em que a cotada renovou por várias vezes mínimos históricos até Maio - mês no qual fixou o mínimo de sempre nos 2,68 euros - os CTT viram a tendência inverter-se e já conseguiram recuperar mais de 25% do valor das acções desde então.