A taxa de crescimento das aplicações em fundos de investimento mobiliário em Portugal no primeiro trimestre de 2006 foi de 1,45%, um dos valores mais baixos da Europa, segundo o relatório trimestral da Associação de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

A Grécia e a Itália, com taxas de crescimento negativas, foram as únicas que apresentaram valores mais baixos do que Portugal, de entre 18 países europeus analisados no estudo da APFIPP. Também nas subscrições líquidas, que se situaram nos 36 milhões de euros, os dados em Portugal só superam os da Itália, Grécia e Noruega.

No total, as aplicações em fundos em Portugal no final de Março ascendiam a 26,516 mil milhões de euros, valor que representa cerca de 0,5% do mercado a nível europeu. A maior fatia deste mercado avaliado em mais de 5,37 biliões de euros é detida pelo Luxemburgo, que detém 28% do total, com 1,526 biliões de euros, seguido pela França, que representa 23% com um total de 1,244 biliões de euros.

No que toca à distribuição do peso dos fundos por categoria, em Portugal os fundos de obrigações e de tesouraria representam mais de 70% do mercado, ao passo que os fundos de acções têm um valor ligeiramente superior a 10%.

No Reino Unido e na Suécia a situação é inversa, com os fundos de acções a pesarem mais de 70% no total do universo de fundos de investimento. A tendência será para esta categoria dos fundos de acções passar a representar um peso maior em todos os países, a julgar pelos dados do crescimento por categorias no primeiro trimestre.

A categoria dos fundos de acções foi a que mais cresceu tanto a nível europeu como em Portugal, apresentando um ritmo de crescimento de 12,6% no conjunto dos países analisados e de 24,72% em Portugal.