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Portugal emite 3 mil milhões em dívida a 15 anos com juro de 3,6%

O IGCP realizou esta quinta-feira a primeira grande operação de emissão de dívida do ano. A procura superou os 17,9 mil milhões, tendo ultrapassado a oferta em quase seis vezes.

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Portugal emitiu três mil milhões de euros em dívida a 15 anos com uma taxa de juro próxima de 3,6%. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP esteve esta quinta-feira no mercado para a primeira colocação de obrigações o Tesouro do ano através uma venda sindicada de títulos a longo prazo.

"Na sua primeira emissão sindicada do ano, Portugal colocou com sucesso obrigações do Tesouro a 15 anos", refere Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, lembrando que "com esta emissão a 15 anos o IGCP coloca dívida com maturidade em 2038 ano que ainda não tinha nenhuma emissão".

A "yield" da emissão fixou-se em 75 pontos base acima da taxa "mid-swap" do euro a 15 anos, que negoceia esta quinta-feira nos 2,8949%. Ou seja, a taxa final ficou em 3,599%.

Na abertura dos livros de ordens, o "guidance" inicial apontava para um prémio de 77 pontos base, que acabou por recuar face ao forte apetite dos investidores. A procura superou os 17,9 mil milhões, tendo ultrapassado a oferta em quase seis vezes.

Em mercado secundário, os títulos com esta maturidade seguem a negociar nos 3,568%. Já o prazo "benchmark", ou seja, as OT a 10 anos, seguem com uma "yield" nos 3,295%.


"O aumento que temos vivido nas taxas de juro, tem levado a uma subida dos prémios de risco de todas as dívidas soberanas, com impacto imediato no custo de financiamento de cada país. Portugal vê agora refletido nesta emissão este agravamento no custo de financiamento", refere Filipe Silva.

O diretor de investimentos do Banco Carregosa acrescenta que a tendência de agravamento dos juros deverá manter-se "pelo menos até termos uma inversão do discurso por parte dos bancos centrais, que só acontecerá quando a inflação der sinais de inversão e começar a voltar para os valores mais próximos de 2%".


O IGCP contratou o Barclays, o BNP Paribas, o Goldman Sachs Bank Europe, o J.P. Morgan, o Morgan Stanley e o Novo Banco como "joint lead managers" da operação de venda.

(Notícia atualizada às 13:20 com dados finais da operação)
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