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Porto fica sem delegação da CMVM

Os estatutos determinam que a CMVM tem uma delegação no Porto, mas o regulador do mercado de capitais encerrou a delegação, noticia o Público.

Miguel Baltazar/Negócios
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 14 de Novembro de 2017 às 14:14

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) abandonou a Rua Dr. Alfredo Magalhães, no Porto. O regulador do mercado de capitais encerrou a sua delegação naquela cidade, avança o jornal Público. Neste momento, a CMVM fica presente apenas na sua sede, em Lisboa.

 

Os estatutos do regulador do mercado de capitais obrigam, neste momento, à existência de uma delegação na segunda maior cidade do país: "A CMVM tem a sua sede em Lisboa e uma delegação no Porto, podendo instalar outras delegações ou formas de representação, sempre que o conselho de administração o entenda adequado para a prossecução das suas atribuições". O que deixou de acontecer. 

 

De acordo com o Público, o encerramento da delegação no Porto, que contava com quatro funcionários, deveu-se ao facto de grande parte dos serviços aí realizados serem já centralizados na capital. Ao Negócios, fonte oficial da CMVM explicou que as razões que levaram à abertura da delegação, como a existência da Bolsa do Porto e dos intermediários financeiros e corretoras, já não são justificativas para mantê-la em funcionamento.  

A decisão é tomada pela administração liderada por Gabriela Figueiredo Dias (na foto), que tem vindo a empreender alterações organizacionais na entidade, que, ao longo deste ano, veio alertando para os efeitos negativos das cativações exercidas pelo Ministério das Finanças. Os quatro funcionários em causa negociaram a sua situação: três saíram, um optou por ficar. 

 
O Porto fica, assim, sem regulador do mercado de capitais, pese embora o facto de várias empresas portuguesas, como o BCP e a Sonae, terem sede social na região. Aliás, a Bolsa do Porto já encerrou no início do século.

O fecho da delegação ocorre quando está ainda em apreciação a reforma da supervisão financeira, que o Governo está a promover, e que irá manter os supervisores financeiros (CMVM, Banco de Portugal e ASF), mas irá trazer uma nova autoridade com funções de resolução e de supervisão macroprudencial.


(Notícia actualizada às 19:09 com justificações da CMVM para o fecho da delegação no Porto e informações adicionais)

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