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Petróleo renova máximo de quatro meses
As baixas temperaturas registadas no norte da Europa, que levaram os termómetros aos 50 graus negativos na Rússia, estão a impulsionar o preço do barril de petróleo para o valor mais elevado desde o início de Setembro, altura em que a passagem do furacão
As baixas temperaturas registadas no norte da Europa, que levaram os termómetros aos 50 graus negativos na Rússia, estão a impulsionar o preço do barril de petróleo para o valor mais elevado desde o início de Setembro, altura em que a passagem do furacão «Katrina» pelo Golfo do México levou o crude ao 70,85 dólares por barril.
A matéria-prima para entrega em Março estava a ser negociada a 68,60 dólares em Nova Iorque, onde o crude [cl1] atingiu esta manhã os 69,20 dólares por barril. Em máximos estava também o «brent» [co1], que cotava nos 66,58 dólares, tendo atingido no mercado electrónico de Londres os 67,11 dólares.
Estes valores estão próximos dos recordes históricos atingidos no final de Agosto, quando os furacões «Katrina» e «Rita», atingiram o Golfo do México e levaram o crude para os 70,85 dólares.
A impulsionar o preço do petróleo nos mercados internacionais está uma frente fria que está a atingir o norte da Europa. A Rússia é o país mais afectado por esta vaga de frio que já levou os termómetros aos 50 graus negativos, o valor mais baixo dos últimos cinquenta anos. Segundo os meteorologistas, a vaga de frio deverá atingir ainda esta semana a Alemanha, fazendo as temperaturas recuar em cerca de 11 graus centígrados.
«Esta situação é obviamente uma grande preocupação para toda a Europa», afirmou o analista do sector energético, Gerard Burg, em declarações à Bloomberg, que acrescentou que a «única resposta eficaz é aumentar o consumo de petróleo».
Na capital da Rússia, em Moscovo, a procura de electricidade atingiu o recorde históricos de 16,200 megawatts, excedendo a capacidade da cidade e forçando ao encerramento de fábricas, para garantir o fornecimento residencial. Até ao momento estão confirmadas 20 mortes directamente relacionadas com o frio.
Tensão na Nigéria e conflito com Irão continuam a impulsionar o petróleo
A sustentar o preço do petróleo em níveis elevados continuam ainda os conflitos na Nigéria, onde os rebeldes mantêm a ameaça de efectuar mais ataques a refinarias e a oleodutos. Estes ataques são responsáveis por uma quebra de 210 mil barris por dia no fornecimento daquele país.
O Irão, o quarto maior fornecedor de petróleo do Mundo, mantém a sua posição de continuar com o programa nuclear. Esta situação levou a que os EUA, França, Alemanha e Reino Unido, denunciassem o país ao Conselho de segurança da ONU, que poderá agora impor sanções aquele país, que poderão levar a um corte no fornecimento.
Segundo uma sondagem efectuada pela Bloomberg, o preço da matéria-prima deverá continuar a subir esta semana, podendo ultrapassar a barreira dos 70 dólares em Nova Iorque, segundo mais de metade dos 55 analistas consultados pela agência.