O preço do petróleo descia mais de 4% em Londres, depois das reservas norte-americanas de gasolina terem registado a maior subida em mais de 20 anos na semana passada, sugerindo que a procura de combustíveis está a enfraquecer.

O barril de «brent», ou petróleo do Mar do Norte, para entrega em Novembro [CO1] cotava nos 21,45 dólares (23,25 euros ou 4.661 escudos) em Londres, enquanto no mercado à vista o preço do petróleo cedia 4,08% para os 20,22 dólares (21,91 euros ou 4.393 escudos).

Em Nova Iorque, o preço do petróleo caía para o nível mais baixo em quase dois anos, com o barril de crude para entrega em Novembro [CL1] a recuar 2,8% para os 21,20 dólares (22,98 euros ou 4.607 escudos).

As reservas de gasolina dos Estados Unidos (EUA) aumentaram 4,6% na semana passada, a maior subida semanal desde 1979, para um total de 199,1 milhões de barris.

Estes dados vieram confirmar os receios de descida da procura de combustíveis por parte dos consumidores norte-americanos, após os recentes atentados terroristas, que tiveram lugar a 11 de Setembro.

Os analistas acreditam que esta tendência poderá manter-se nos próximos meses, sendo agravada pela esperada queda da procura por parte das indústrias, que deverão reduzir os seus níveis de produção para fazer face à menor procura dos seus produtos.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), cujos membros estão hoje reunidos em Viena, na Áustria, deverá manter inalteradas as suas actuais quotas de produção, devido às recentes descidas dos preços.