O preço do petróleo caía, face ao máximo de três meses atingido ontem, depois da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter anunciado estar preparada para aumentar a produção, caso a oferta diminua à luz dos ataques terroristas ontem efectuados contra os Estados Unidos (EUA).

O barril de «brent», ou petróleo do Mar do Norte, para entrega em Outubro [CO1], desvalorizava 3,58% para os 28,02 dólares (30,64 euros ou 6.143 escudos), enquanto no mercado á vista, o preço do petróleo recuava 3,53% para os 27,89 dólares (30,49 euros ou 6.113 escudos).

O mercado de Nova Iorque permaneceu hoje encerrado, à semelhança do que aconteceu ontem, após a vaga de atentados que atingiu os Estados Unidos (EUA) e que levou à interrupção de todos os mercados norte-americanos.

Ao final do dia de ontem, o secretário-geral da OPEP, Ali Rodriguez, emitiu um comunicado em nome do cartel, afirmando que a organização está «empenhada» em manter a estabilidade dos preços dos combustíveis.

O mesmo responsável sublinhou que os membros da OPEP estão «preparados para recorrer à capacidade produtiva» que ainda tenham disponível, caso tal se verifique necessário, para satisfazer a procura.

A posição da OPEP veio acalmar o mercado, depois dos receios de quebra na oferta de petróleo, em consequência da situação norte-americana, terem levado o preço do «brent» a subir mais de 13% na sessão de ontem.

A OPEP decretou recentemente um corte nas quotas de produção dos seus membros, em um milhão de barris diários, para tentar conter as descidas dos preços dos combustíveis que vinham ocorrendo ao longo dos últimos meses.

A OPEP é responsável por cerca de 40% da produção petrolífera a nível mundial.