O preço do petróleo seguia a descer aliviando da subida superior a 2% verificada ontem depois do líderes da indústria na Arábia Suadita, o maior produtor de petróleo do mundo, e da Exxon Mobil, a maior petrolífera norte-americana, terem dito que as reservas existentes de petróleo são suficientes para durarem décadas.

Ontem ao final do dia o petróleo, que durante a sessão chegou a recuar mais de 2,40% negociando em mínimos de duas semanas, inverteu a tendência chegando a ganhar mais de 2%.

A passagem do furacão «Rita» pelo estado norte-americano do Texas acabou por ser menos violenta que o esperado, com o furacão a reduzir de intensidade para o nível 3 e a alterar a sua trajectória para norte, evitando a devastação das plataformas petrolíferas do Texas, responsáveis por 12% de toda a produção nos EUA.

Contudo, o facto de várias as petrolíferas terem anunciado que as suas infra-estruturas em Port Arthur e Beaumont, no Texas, poderão estar encerradas durante mais tempo que o previsto fez a cotação da matéria prima disparar.

A Valero, que é a maior empresa de refinação dos Estados Unidos, anunciou que a sua unidade em Port Arthur foi extremamente danificada ao nível eléctrico e que poderá estar encerrada durante duas a quatro semanas.

Apesar de não terem sofrido fortes danos, outras seis refinarias localizadas na fronteira entre o Texas e o Louisiana estão encerradas, devido a falhas eléctricas e estragos provocados pelo forte vento, derivado do furacão «Rita».

O ministro do petróleo da Arábia Saudita disse que o país vai aumentar as suas reservas para quase o dobro, adicionando 200 mil milhões de barris aos actuais 264 mil milhões, segundo a Bloomberg.

Ali al- Naimi disse que o país tem reservas suficientes para durarem 50 anos a 15 milhões de barris de petróleo por dia. O ministro considera injustificados os receios de escassez de oferta.

Também o presidente da Exxon Mobil considera que os preços do petróleo não vão manter-se altos para sempre.

Rex Tillerson diz que o mundo deverá ter cerca de 3 biliões de barris de petróleo nos campos petrolíferos convencionais.

O crude negociado em Nova Iorque seguia a perder 0,53% para os 65,47 dólares enquanto o «brent» transaccionado em Londres descia 0,45% para os 63,64 dólares.