O crude desvalorizou depois do Instituto Americano do Petróleo ter avançado com números que confirmam um aumento das reservas de petróleo nos EUA, durante a semana terminada a 9 de Abril.

O contrato de entrega do crude [CL1] para Maio depreciava 1,99% para os 36,47 dólares (30,55 euros). No que diz respeito ao «brent» [C01], registava uma perda de 1,60% para os 32,66 dólares (27,36 euros).

Segundo dados apresentados pelo Instituto Americano do Petróleo, as reservas norte-americanas daquela matéria-prima aumentaram cerca de 3,6%, ou seja, 10,4 milhões de barris, para um total de 302,7 milhões de barris. Estes valores correspondem ao máximo verificado desde a semana terminada a 23 de Agosto de 2002.

John Kilduff, vice-presidente de gestão energética na Fimat USA, em Nova Iorque, não aceitou plenamente os dados disponibilizados pelo instituto. «Existe algum cepticismo em torno destes números porque os níveis de importação e de produção das refinarias tornam difícil que se avance com um aumento de 10,4 milhões de barris», disse Kilduff à Bloomberg..

Esta descida no preço do petróleo estará também relacionada com a reduzida eficácia nos cortes de produção por parte da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

«A OPEP tem de se consciencializar da sobreprodução, sob risco de perder credibilidade», adiantou Marshall Steeves, analista da Refco Group, em Nova Iorque, à Bloomberg.

O mesmo acrescentou: «Não parece que eles estejam a reduzir na produção».