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Petróleo cai com aumento das reservas de destilados nos EUA
As cotações do petróleo estão a perder terreno nos mercados de Londres e de Nova Iorque devido à forte reconstituição das reservas norte-americanas de produtos destilados na semana passada.
As cotações do petróleo estão a perder terreno nos mercados de Londres e de Nova Iorque devido à forte reconstituição das reservas norte-americanas de produtos destilados na semana passada.
Os destilados são tidos em maior conta durante o Inverno, especialmente devido ao gasóleo para aquecimento, já que se trata de um período de grande consumo de energia no Hemisfério Norte. Daí a forte queda dos inventários de crude não estar a ter um efeito impulsionador nos mercados.
O West Texas Intermediate [cl1] para entrega em Fevereiro cede 0,81% em Nova Iorque, para 95,55 dólares por barril. No mercado londrino, o "Brent" do Mar do Norte [co1], crude de referência para a Europa, cai 0,65% para 94,92 dólares.
De acordo com os dados do Departamento norte-americano da Energia (DoE), os "stocks" de crude caíram 6,736 milhões de barris na semana passada, mais do que o esperado pelos analistas, que apontavam para um decréscimo de 2,1 milhões de barris.
Os inventários da gasolina registaram uma subida de 5,221 milhões de barris, quando as previsões estimavam um acréscimo de apenas 1,6 milhões de barris.
Os "stocks" de produtos destilados – que incluem gasóleo e combustível para aquecimento – aumentaram em 1,516 milhões de barris, contra a previsão de um incremento de um milhão de barris.
Apesar de a Costa Leste dos EUA estar a registar temperaturas mais amenas do que é normal nesta época, há previsões de que vem aí tempo mais frio, o que está a fazer subir os preços do gás natural no mercado nova-iorquino.
Entretanto, o Movimento para a Emancipação do Delta do Níger advertiu para um "ataque iminente" às instalações petrolíferas da maior nação africana produtora de crude, o que esteve a sustentar as cotações do petróleo durante a manhã. "Está iminente um ataque que irá abalar as bases do mercado petrolífero internacional", anunciou o grupo de militantes.
Desde o início das hostilidades, em princípios de 2006, já foi suspensa 20% da produção de crude do país.
Petróleo nos 130 dólares
A Energy Security Analysis prevê que os preços do crude possam subir para 130 dólares por barril este ano, devido à pouca capacidade extra de produção e às ameaças ao fornecimento mundial. "Há potencial para esse valor", disse à Bloomberg o analista Rick Mueller.
De acordo com este analista, se os rebeldes nigerianos procederem a um ataque a instalações petrolíferas, que afecte o abastecimento mundial, os EUA poderão ter de recorrer às suas reservas estratégias, que têm estado a cair. Nas últimas oito semanas, as reservas de crude acumulam uma queda de 31,836 milhões de barris.