Notícia
Europa fecha positiva. Ouro e petróleo ganham terreno
Acompanhe, minuto ao minuto, todos os desenvolvimentos dos mercados durante esta segunda-feira.
Europa fecha positiva, mas oferta de emprego nos EUA impede maiores ganhos
As principais praças europeias terminaram o dia de verde, embora com ganhos menores do que os registados ao longo da sessão.
Os dados sobre a oferta de emprego nos Estados Unidos, que foram melhores que o esperado, podem vir a dar força a uma subida das taxas de juro por parte da Fed, o que terá acalmado os ganhos no Velho Continente.
O Stoxx 600 - referência para a Europa ocidental - ganhou 0,58% para 414,61 pontos, com o setor mineiro, retalho e imobiliário a liderarem os ganhos com subidas acima dos 2%.
Entre os principais movimentos do dia esteve a petrolífera BP que anunciou uma operação de recompra de ações depois de ter quase duplicado os resultados no terceiro trimestre de 2022, atingindo 8 mil milhões de dólares. Em bolsa, a energética britânica subiu 1,39%.
Juros na Europa com ligeiro alívio à espera da Fed
Os juros na Zona Euro aliviaram muito ligeiramente esta terça-feira, em vésperas de se conhecer a decisão da Reserva Federal dos EUA (Fed), que deverá aumentar as taxas diretoras em 75 pontos base.
A "yield" das "bunds" alemãs, a referência para o mercado da dívida europeu, baixaram um ponto base, para 2,126%. Já os juros da dívida italiana a 10 anos cederam 3,5 pontos, para 4,251%.
Em Portugal, o alívio foi de apenas 0,3 pontos, para 3,119%, enquanto no país vizinho os juros cederam 1,4 pontos base, até aos 3,198%.
Petróleo segue e soma com rumores de fim gradual da política de covid-zero na China
O petróleo está a valorizar, à medida que aumenta a especulação de que a China se estará a preparar para acabar com a política de covid-zero no país.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque - pula 2,29% para 88,51 dólares por barril, depois de ter perdido cerca de 3% nas duas últimas sessões. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – sobe 2,12% para 94,78 dólares por barril.
"Potenciais mudanças à política de covid-zero na China - reais ou especulativas - vão criar volatilidade no mercado do petróleo", explicou Rebecca Babin, analista da CIBC Private Wealth Management, à Bloomberg.
Ainda assim, no caso "dos investidores pensarem que a China está a mudar a sua política de covid, um movimento de alta seria muito mais significante", rematou.
Ouro valoriza e dólar ganha com subida de ofertas de emprego
O ouro segue a valorizar, tal como era registado ao início da manhã desta terça-feira. Os investidores estão de olhos postos na Reserva Federal norte-americana que deverá anunciar uma subida das taxas de juro em 75 pontos base esta quarta-feira.
O ouro soma 0,73% para 1.645,56 dólares por onça, mesmo com o dólar a valorizar face à moeda única europeia.
A nota verde registou perdas até à divulgação das vagas do emprego nos Estados Unidos que subiram inesperadamente em setembro e que deverão dar mais força à Fed para uma subida das taxas de juro em 75 pontos base esta quarta-feira.
O dólar soma 0,13% para 1,0128 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da divisa norte-americana contra 10 divisas rivais – soma 0,1% para 111,6370 pontos.
Wall Street arranca sessão mista. Uber sobe mais de 14%
Wall Street abriu a sessão desta terça-feira a negociar mista, recuperando assim de algumas das perdas vividas no dia de ontem.
Isto numa altura em que os investidores estão focados na época de resultados, bem como na divulgação de novos dados económicos nos Estados Unidos que deverão dar pistas sobre a subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana, que acontece já esta quarta-feira.
O industrial Dow Jones recua 0,14% para 32.668,31 pontos, enquanto o S&P 500 sobe 0,07% para 3.874,65 pontos. Já o tecnológico Nasdaq valoriza 0,15% para 11.005,01 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado estão as petrolíferas depois da BP ter registado o segundo maior lucro trimestral que há registo. Também a Uber sobe 14,82%, depois de ter apresentado um aumento nas receitas, ultrapassando as expectativas dos analistas.
"A chave para esta reunião da Fed será o comunicado e a declaração de Powell na conferência de imprensa, e mais especificamente, se os dois combinarem sinais de que as taxas de juro devem aumentar", explicou Tom Essaye, fundador do The Sevens Report, em declarações à Bloomberg.
Europa em alta, à espera de reuniões de bancos centrais
A Europa arrancou a primeira sessão do mês a negociar no verde. O Stoxx 600 - referência para a Europa - ganhou 1,09% para 416,68 pontos, com retalho e recursos naturais a destacarem-se pelo bom desempenho.
Nas restantes praças europeias, o alemão DAX sobe 0,84%, o francês CAC-40 ganha 1,58%, o espanhol Ibex valoriza 0,92%, o italiano FTSEMIB pula 1,55%, e o britânico FTSE 100 avança 1,37%.
Em outubro, as bolsas europeias registaram uma subida de 6,2%. "As ações globais tiveram o seu melhor outubro em 20 anos", disse à Bloomberg Carl Dooley, do banco de investimento Cowen. "Há um risco de a Fed gerar um 'selloff' amanhã, mas o contexto de um ano fraco em termos de performance anual cumulativa nas ações e nas obrigações, combinado com um novembro que historicamente é o melhor mês para os mercados, tornam as perspetivas positivas", acrescentou.
Os investidores estão de olhos postos nas reuniões dos bancos centrais esta semana, com a Reserva Federal dos Estados Unidos a anunciar uma esperada subida das taxas de juro na quarta-feira, seguida do Banco de Inglaterra e do Norges Bank, na quinta-feira.
Juros da dívida portuguesa acima dos 3%
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar, no dia em que começa a Reunião da Reserva Federal norte-americana e na véspera de um esperado anúncio de aumento das taxas de juro nos Estados Unidos. Os juros da dívida portuguesa com maturidade a dez anos descem 6,7 pontos base para 3,054%, estando novamente acima da fasquia dos 3%.
A "yield" da dívida italiana é a que mais alivia, desce 8,9 pontos base para 4,196%, enquanto as Bunds alemãs - referência para a Europa -, perdem 6,4 pontos base para 2,073%.
Já os juros da dívida francesa descem 6,1 pontos base para 2,609%, enquanto a "yield" da dívida espanhola com a mesma maturidade recua 6,4 pontos base para 3,148%.
Fora da Zona Euro, no Reino Unido, os juros da dívida descem 4,9 pontos base para 3,448%.
Ouro valoriza e dólar enfraquece em dia de reunião da Fed
O ouro segue a valorizar, na véspera do esperado anúncio da subida das taxas de juro pela Reserva Federal dos Estados Unidos, na quarta-feira.
O metal amarelo avança 0,86% para 1.647,94 dólares por onça. Desde o último pico, em março, o ouro perdeu 20% do seu valor.
A platina, por sua vez, segue também a valorizar, estando a ganhar 1,39% para 943,62 dólares, enquanto o paládio sobe 1,47% para 1.873,13 dólares e a prata avança 2,74% para 19,69 dólares.
Os preços do ouro têm sido pressionados pelas agressivas subidas das taxas de juro nos EUA, que motivaram os investidores a venderem os bens que não remuneram juros. No entanto, o metal tem sido apoiado de outras maneiras, nomeadamente através de compradores na Ásia e de outros bancos centrais, como os da Turquia e do Qatar, ambos recentes compradores de ouro. Além disso, alerta a Bloomberg, nem todos os países reportam a aquisição de ouro - é o caso da Rússia e da China.
A agência avança que os bancos centrais compraram quantidades recorde de ouro no trimestre passado, numa altura em que tentam diversificar as suas reservas. Quase 400 toneladas foram compradas, o quadruplo do registado no ano passado, de acordo com o Conselho Mundial do Ouro.
A valorização do ouro acompanha o enfraquecimento do dólar - em antecipação do anúncio da Fed -, e uma subida do euro. A moeda europeia ganha 0,41% face à divisa americana, para 0,9923 dólares. A moeda única europeia mantém-se assim a negociar abaixo da paridade com a nota verde.
Petróleo valoriza perto dos 2% animado por corte de produção da OPEP
O petróleo segue a valorizar, com o dólar a enfraquecer e as ações a subir antes do anúncio de mais subidas das taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana, esperado para quarta-feira
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque - ganha 1,94% para 88,19 dólares por barril, depois de ter perdido cerca de 3% nas duas últimas sessões. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – valoriza 2,01% para 94,68 dólares por barril.
Apesar de o petróleo ter perdido quase um terço do valor desde o início de junho, os futuros conseguiram, em outubro, o primeiro ganho mensal desde maio, depois de a OPEP ter chegado a um acordo para cortar a produção. O excesso de oferta foi a principal razão apresentada para reduzir a produção a partir de novembro, segundo indicou o secretário-geral do grupo, Haitham al Ghais.
"Se as taxas de juro vão subir, então há maior probabilidade de recessão, e a OPEP teria motivos para se preocupar que isso vá gerar maior erosão da procura", disse à Bloomberg Vishnu
Varathan, do Mizuho Bank Ltd.