Notícia
Nigéria volta aos mercados dois anos depois e emite 2,2 mil milhões de dólares com juro de 10%
"A transação atraiu ordens de mais de 9 mil milhões de dólares", disse o Ministério das Finanças da Nigéria
03 de Dezembro de 2024 às 20:54
A Nigéria anunciou esta terça-feira que emitiu 2,2 mil milhões de dólares de dívida pública, pagando juros à volta de 10%, na primeira emissão feita desde 2022 e que teve ofertas superiores a 9 mil milhões de dólares.
"A transação atraiu ordens de mais de 9 mil milhões de dólares", mais de 8,5 mil milhões de euros, disse o Ministério das Finanças da Nigéria, citado pela agência de informação financeira Bloomberg.
A maior economia da África subsaariana dividiu o total em duas operações: emitiu 700 milhões de dólares com uma maturidade de 6,5 anos, com uma taxa de juro de 9,625%, e fez ainda outra emissão de 1,5 mil milhões de dólares a 10 anos, com juros de 10,375% ao ano, num total de 2,2 mil milhões de dólares, o equivalente a quase 2,1 mil milhões de euros.
Os países da África subsaariana estão a voltar ao mercado este ano, depois de dois anos em que os governos da região enfrentaram juros proibitivos e dificuldades no pagamento da dívida que se avolumou nos últimos anos.
Antes da Nigéria, já o Benim, a Costa do Marfim, o Quénia e a África do Sul regressaram ao mercado internacional, beneficiando da recuperação das economias a seguir à pandemia da covid-19, da liquidez no mercado e da apetência dos investidores pelos juros mais altos praticados em relação aos países africanos.
Desde que tomou posse, em maio do ano passado, o Presidente nigeriano, Bola Tinubu, tem lançado uma série de reformas económicas que mereceram o apoio dos investidores internacionais e também do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, apesar dos protestos dos cidadãos.
Entre as principais reformas lançadas pelo maior produtor de petróleo na África subsaariana estão o fim dos subsídios aos combustíveis e a flexibilização da taxa de câmbio, ao mesmo tempo que o banco central tem vindo a subir significativamente as taxas de juro diretora, atualmente nos 27,5%, para combater a inflação, que ultrapassou os 30% nos últimos meses, um nível inédito nas últimas três décadas.
MBA // MLL
Lusa/Fim
"A transação atraiu ordens de mais de 9 mil milhões de dólares", mais de 8,5 mil milhões de euros, disse o Ministério das Finanças da Nigéria, citado pela agência de informação financeira Bloomberg.
Os países da África subsaariana estão a voltar ao mercado este ano, depois de dois anos em que os governos da região enfrentaram juros proibitivos e dificuldades no pagamento da dívida que se avolumou nos últimos anos.
Antes da Nigéria, já o Benim, a Costa do Marfim, o Quénia e a África do Sul regressaram ao mercado internacional, beneficiando da recuperação das economias a seguir à pandemia da covid-19, da liquidez no mercado e da apetência dos investidores pelos juros mais altos praticados em relação aos países africanos.
Desde que tomou posse, em maio do ano passado, o Presidente nigeriano, Bola Tinubu, tem lançado uma série de reformas económicas que mereceram o apoio dos investidores internacionais e também do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, apesar dos protestos dos cidadãos.
Entre as principais reformas lançadas pelo maior produtor de petróleo na África subsaariana estão o fim dos subsídios aos combustíveis e a flexibilização da taxa de câmbio, ao mesmo tempo que o banco central tem vindo a subir significativamente as taxas de juro diretora, atualmente nos 27,5%, para combater a inflação, que ultrapassou os 30% nos últimos meses, um nível inédito nas últimas três décadas.
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