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Netflix afunda 32% após primeira perda de subscritores em dez anos, o maior tombo desde 2011

A perda de 200 mil subscritores pela primeira vez no espaço de dez anos não está a agradar aos investidores. As ações da Netflix estão a reagir com um “mergulho” de 32%, já com a maior desvalorização em quase 11 anos.

Reuters
20 de Abril de 2022 às 15:13
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O tombo da Netflix está no centro das atenções neste arranque da sessão de Wall Street. As ações da empresa norte-americana estão a reagir à apresentação de contas do primeiro trimestre, feita já após o fecho do mercado na sessão desta quarta-feira. 


Pela primeira vez em dez anos o serviço de streaming perdeu subscritores, mais concretamente 200 mil, o que sugere que a a intensa concorrência no mercado de streaming de vídeo está a ter consequências para a empresa. Ao longo dos últimos trimestres o abrandamento da expansão da base de utilizadores já era visível, mas o arranque do ano com um "pé esquerdo" e menos subscritores deixa a nu as consequências da chegada de outros concorrentes, como o Disney+,


Se os títulos da Netflix chegaram a desvalorizar 23% no "after hours" desta terça-feira, também o "pre-market" ficou marcado por uma depreciação na mesma ordem de valor. Na abertura de Wall Street a Netflix afundava 30,38%, com as ações nos 242,69 dólares - um mínimo de dezembro de 2018.


As ações chegaram a desvalorizar 33,35% (232,36 dólares), estando nesta altura a depreciar 32,82% e a cotar nos 234,197 dólares. Esta é a maior desvalorização das ações da Netflix desde 25 de outubro de 2011, quase foi registada uma desvalorização de 34,9%. 


Feitas as contas, a Netflix arrisca-se a perder 46 mil milhões de dólares de valor de mercado na sessão desta quarta-feira. Esta queda está a aumentar a desvalorização das ações do serviço de streaming de vídeo, que este ano já tombam 63%. 


"Um grande problema da Netflix é que é demasiado fácil abandonar o serviço", comenta Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell, citado pela Bloomberg. 


Com este recuo da base de subscritores, a Netflix atira pela janela uma das duas promessas de maior longevidade. A empresa pretende apresentar uma opção mais barata, suportada por anúncios. 

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