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Não vai ao aumento de capital do BCP? Não se esqueça de vender os direitos

Os direitos que permitem a subscrição das novas acções no aumento de capital do BCP negoceiam pela última vez esta segunda-feira na bolsa portuguesa.

Millennium Bcp
29 de Janeiro de 2017 às 22:37
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Se é accionista e já decidiu que não quer investir mais dinheiro no banco, então tem obrigatoriamente que alienar em bolsa estes títulos que lhe foram creditados na conta quando os direitos foram destacados das acções (17 de Janeiro). Se não o fizer, vai perder grande parte do valor da sua carteira.

O alerta da CMVM não deixa margem para dúvidas. "Caso os direitos de subscrição não sejam exercidos ou alienados até ao final do período de subscrição, os mesmos cessarão sem contrapartida, não havendo direito a qualquer compensação por esse facto", refere o regulador num conjunto de perguntas e respostas colocado no seu "site", sobre o aumento de capital.

Este é um alerta sempre importante em todas as ofertas públicas de subscrição efectuadas através da atribuição de direitos, pois muitas vezes os accionistas nada fazem a estes títulos que lhe são atribuídos e assim registam uma perda imediata. No caso do BCP o alerta ganha ainda mais relevância, uma vez que o aumento de capital é de grande dimensão e os direitos têm nesta altura um grande peso na carteira.

A evolução de uma carteira desde o anúncio do aumento de capital ajuda a ilustrar. Quem a 9 de Janeiro tinha 10 mil acções do BCP tinha a carteira avaliada em 10.412 euros. A 17 de Janeiro passou a ter as mesmas acções, agora avaliadas em 1.600 euros, mais mil direitos que permitem a subscrição de 150 mil acções mediante o pagamento de 9,4 cêntimos cada uma.

Se vender os direitos (tendo em conta a cotação de fecho de sexta-feira) encaixa 7.340 euros. Se não o fizer esta segunda-feira, ficará apenas com o valor das acções (1.533 euros, tendo em conta última cotação) e os direitos nada valerão, a menos que os consiga vender fora de mercado regulamentado. A perda de valor da carteira é de 85%.
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