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Metais preciosos: quais são, para onde vão
Quando falamos de metais preciosos, os primeiros que nos vêm à mente são geralmente o ouro, prata, platina e paládio. Mas há mais, como o ruténio, ródio, ósmio ou irídio. Londres e Nova Iorque são dois dos mais importantes mercados de negociação destes metais. Na capital inglesa, as transacções são para entrega imediata (mercado "spot") e em Nova Iorque funcionam os contratos de futuros.
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Os metais preciosos têm sido tradicionalmente, considerados bons valores-refúgio em períodos de instabilidade económica. Quando a nota verde desvaloriza, estes metais ficam ainda mais atractivos para os investidores que não têm no dólar a sua moeda de base.
Todos os metais preciosos têm características físicas bastante importantes, que os tornam indispensáveis à indústria moderna, salienta o “site” “Library of Alexandria”. A título de exemplo, saiba que um centímetro cúbico (cc) de paládio é capaz de absorver 900 cc de hidrogénio; a prata é o metal precioso com maiores capacidades de condutor de electricidade; o ouro é o metal mais dúctil e um grama pode ser esticado ao longo de um fio com 2.300 metros de comprimento; o irídio é o mais resistente à corrosão e o ósmio é o mais pesado. O grupo da platina, onde se inclui também o paládio, é em geral o que contém os metais mais duros.
Paládio
Utilizado na indústria eléctrica (fabrico de contactos em sistemas electromecânicos, como por exemplo relays). Na indústria química e farmacêutica usa-se como catalisador de reacções de hidrogenização e na indústria petrolífera é importante na catálise de fracções de petróleo destilado.
Também se aplica em algumas ligas usadas em medicina dentária. Em joalharia, o paládio é endurecido com uma pequena fracção de ruténio ou ródio, ou pode ser usado como descolorante do ouro, dando origem ao chamado "ouro branco". Aplica-se também como conversor catalítico, na separação de hidrogénio e em estomatologia (coroas de dentes).
O paládio cotava-se ontem nos 188 dólares por onça em Londres, depois de ter atingido um máximo histórico de 595 dólares a 4 de Março do ano passado.
Platina
Utilizado na joalharia, catalisadores automóveis e aplicações de catálise para outros sectores. Aplica-se também nos acabamentos de silicone e é igualmente usada na preparação de gasolina para aumentar as octanas por isomerização e em termómetros. Na liga com o ródio, é usada no processo de fabrico de seda artifical e fibras de vidro. A liga platina-irídio usa-se em joalharia, utensílios de laboratório, eléctrodos e contactos eléctricos.
Ligada ao paládio, encontra aplicação em próteses dentárias. É também útil nos acabamentos de filmes e serve de catalisador na preparação do ácido nítrico. Usada também nos recipientes de laboratório e no tratamento de tumores.
No mercado londrino de metais, a platina seguia ontem em baixa, fixando-se nos 965 dólares por onça. O seu mais alto nível de sempre foi atingido a 4 de Março de 2008, quando se estabeleceu nos 2.301,5 dólares.
Ouro
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Também conhecido como metal amarelo, tem uso decorativo (joalharia, adornos religiosos), em componentes electrónicas, em ligas (para próteses dentárias, contactos eléctricos, equipamento químico, fotografia, etc.) e nos motores de reacção na aviação, naves espaciais.
O ouro atingiu um máximo histórico de 1.032,70 dólares por onça a 17 de Março de 2008 em Londres. Em Nova Iorque, tocou o recorde de 1.033,90 dólares nessa mesma sessão.
Prata
Aplicação na joalharia. O nitrato de prata é usado em fotografia (papel e película), xerografia, electrodeposição química, em componentes de baterias e pilhas, na medicina e como catalisador. Os compostos orgânicos do elemento usam-se no revestimento de diversos metais e de barras de dinamite ou outros explosivos.
Existem também ligas de prata usadas no fabrico de radiadores para a indústria automóvel e na produção de instrumentos musicais. A indústria química utiliza a prata metálica como catalisador de diversas reacções, como a oxidação do etanol e de outro alcoóis. A indústria petrolífera também utiliza o nitrato de prata como catalisador. Entre outras utilizações, encontramos os espelhos, baterias, talheres, pilhas e vidro fotosensível.
O seu recorde histórico foi atingido no ano passado, quando chegou aos 21,35 dólares por onça a 17 de Março.