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Merck dispara 12% em Wall Street após apresentar medicamento contra a covid-19

A farmacêutica norte-americana registou o maior ganho em 12 anos depois de ter mostrado que o seu fármaco diminui em 50% o risco de hospitalização e morte em casos de covid-19.

Bloomberg
01 de Outubro de 2021 às 16:16
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A farmacêutica norte-americana Merck (conhecida na Europa pelo nome comercial MSD) sobe 12% no arranque das negociações em Wall Street - o maior ganho desde 2009 - após ter anunciado os resultados dos estudos ao seu fármaco contra a covid-19. Os relatórios indicam que o medicamento, conhecido como molnupiravir, consegue reduzir em 50% o risco de doença grave ou morte em pacientes infetados.

A solução, desenvolvida pela Merck em parceria com o lboratório Ridgeback Biotherapeutics, vai ser agora avaliada pelos reguladores, apesar da farmacêutica ter já emitido um pedido especial de utilização de emergência. Caso seja aprovada a utilização, é um marco importante no combate à pandemia, uma vez que os fármacos contra a covid-19 autorizados até ao momento, atuam maioritariamente apenas em casos de doença grave.

"Não podíamos estar mais felizes com o resultado", afirmou Rob Davis, diretor da Merck, em entrevista. "Não é necessário ir-se ao hospital, não é necessário ir a um centro de saúde receber tratamento. É um comprimido que se pode tomar em casa."

O fármaco consiste em quatro cápsulas que devem ser tomadas duas vezes por dia, durante cinco dias. Os testes foram feitos a pessoas infetadas com o vírus SARS-CoV-2 e não anteriormente vacinadas, com sintomas leves. Ao longo de 29 dias, 7,3% dos pacientes que tomaram molnupiravir evoluiram para doença grave, contra 14,1% dos que receberam um placebo, e nenhum morreu, em relação a oito óbitos, no grupo de teste.

"Um antivírico oral que diminui desta forma o risco de hospitalização é revolucionário", indica Amesh Adalja, especialista da Johns Hopkins Center for Health Security à Reuters. "Os tratamentos existentes são complicados e logisticamente difíceis de administrar. Uma simples comprimido oral seria o oposto disso".

Enquanto as ações da Merck subiam, as da Pfizer e da Moderna seguiam em sentido contrário, caindo 3% e 10% respetivamente, com os investidores a acreditarem que as pessoas terão menos inclinação a serem vacinadas, havendo um medicamento capaz de tratar a infeção de covid-19.

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