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Merck dispara 12% em Wall Street após apresentar medicamento contra a covid-19
A farmacêutica norte-americana registou o maior ganho em 12 anos depois de ter mostrado que o seu fármaco diminui em 50% o risco de hospitalização e morte em casos de covid-19.
A solução, desenvolvida pela Merck em parceria com o lboratório Ridgeback Biotherapeutics, vai ser agora avaliada pelos reguladores, apesar da farmacêutica ter já emitido um pedido especial de utilização de emergência. Caso seja aprovada a utilização, é um marco importante no combate à pandemia, uma vez que os fármacos contra a covid-19 autorizados até ao momento, atuam maioritariamente apenas em casos de doença grave.
O fármaco consiste em quatro cápsulas que devem ser tomadas duas vezes por dia, durante cinco dias. Os testes foram feitos a pessoas infetadas com o vírus SARS-CoV-2 e não anteriormente vacinadas, com sintomas leves. Ao longo de 29 dias, 7,3% dos pacientes que tomaram molnupiravir evoluiram para doença grave, contra 14,1% dos que receberam um placebo, e nenhum morreu, em relação a oito óbitos, no grupo de teste.
"Um antivírico oral que diminui desta forma o risco de hospitalização é revolucionário", indica Amesh Adalja, especialista da Johns Hopkins Center for Health Security à Reuters. "Os tratamentos existentes são complicados e logisticamente difíceis de administrar. Uma simples comprimido oral seria o oposto disso".
Enquanto as ações da Merck subiam, as da Pfizer e da Moderna seguiam em sentido contrário, caindo 3% e 10% respetivamente, com os investidores a acreditarem que as pessoas terão menos inclinação a serem vacinadas, havendo um medicamento capaz de tratar a infeção de covid-19.