Notícia
Maior fundo soberano do mundo perde 21 mil milhões no primeiro semestre
O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, desvalorizou 3,4% nos primeiros seis meses deste ano, o que lhe valeu uma perda de 188 mil milhões de coroas (21 mil milhões de dólares).
18 de Agosto de 2020 às 10:36
O fundo soberano da Noruega perdeu 21 mil milhões de dólares nos primeiros seis meses deste ano, graças a uma desvalorização de 3,4% no mesmo período, atenuada pela recuperação na reta final deste semestre.
"Embora os mercados tenham recuperado bem no segundo trimestre, ainda estamos a testemunhar uma incerteza considerável", disse o vice-presidente executivo do fundo, Trond Grande, num relatório divulgado nesta terça-feira.
Estes primeiros seis meses de 2020 foram complicados de gerir para o fundo avaliado em 1,2 biliões de dólares. Para além das quedas nos mercados de ações, a nomeação do próximo presidente causou muita controvérsia interna. O novo CEO será Nicolai Tangen, gestor de fundos de investimento, e irá substituir no cargo Yngve Slyngstad a partir de 1 de setembro.
Contudo, ainda não é claro se o governo terá de se envolver, a pedido do parlamento, e possivelmente adiar, ou mesmo interromper, a transição. O banco central, responsável pelo fundo, recebeu críticas pela forma como lidou com o recrutamento de Tangen, especificamente por não conseguir eliminar potenciais conflitos de interesse relacionados com a sua riqueza pessoal.
Quem quer que administre o fundo, que foi criado na década de 1990 para investir a receita do petróleo da Noruega em títulos estrangeiros, provavelmente terá de embarcar em vendas de ativos históricos este ano para cobrir os prejuízos.
Este ano, a Noruega pretende retirar um recorde de 382 mil milhões de coroas norueguesas do fundo soberano, uma medida que obrigará o maior investidor soberano do mundo a embarcar numa histórica venda de ativos para gerar liquidez.
Estes primeiros seis meses de 2020 foram complicados de gerir para o fundo avaliado em 1,2 biliões de dólares. Para além das quedas nos mercados de ações, a nomeação do próximo presidente causou muita controvérsia interna. O novo CEO será Nicolai Tangen, gestor de fundos de investimento, e irá substituir no cargo Yngve Slyngstad a partir de 1 de setembro.
Contudo, ainda não é claro se o governo terá de se envolver, a pedido do parlamento, e possivelmente adiar, ou mesmo interromper, a transição. O banco central, responsável pelo fundo, recebeu críticas pela forma como lidou com o recrutamento de Tangen, especificamente por não conseguir eliminar potenciais conflitos de interesse relacionados com a sua riqueza pessoal.
Quem quer que administre o fundo, que foi criado na década de 1990 para investir a receita do petróleo da Noruega em títulos estrangeiros, provavelmente terá de embarcar em vendas de ativos históricos este ano para cobrir os prejuízos.
Este ano, a Noruega pretende retirar um recorde de 382 mil milhões de coroas norueguesas do fundo soberano, uma medida que obrigará o maior investidor soberano do mundo a embarcar numa histórica venda de ativos para gerar liquidez.
A retirada sem precedentes supera em quatro vezes o recorde anterior da Noruega, em 2016. A decisão revela a escala do impacto económico causado pelas crises gémeas da covid-19 e colapso do mercado global de petróleo. A Noruega, maior exportadora de petróleo da Europa Ocidental, enfrenta a pior crise económica desde a Segunda Guerra Mundial.