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Lucro da EDP sobe 56% para 801 milhões de euros em ano de pandemia
Os lucros da EDP subiram num ano que fica marcado pela pandemia de covid-19. A elétrica regressou aos lucros na atividade em Portugal, depois de prejuízos de 18 milhões em 2018 e de 98 milhões em 2019.
A EDP terminou o exercício de 2020 com lucros de 801 milhões de euros, o que representa um aumento de 56% em relação àqueles obtidos no ano anterior.
Este desempenho, de acordo com o comunicado publicado na página do regulador dos mercados, é "suportado pelo crescimento da atividade de produção de energia renovável, que registou um aumento de 7% face a 2019, para os 47,3 TWh de produção eólica, hídrica e solar".
Os resultados foram, contudo, impactados negativamente por efeitos não recorrentes, num total líquido de 100 milhões de euros. Dentro destes efeitos, incluem-se os custos com o encerramento da central a carvão de Sines, custo anual com a Contribuição Extraordinária do Setor Energético e, por outro lado, os ganhos contabilísticos com alienação de operações em Espanha e Portugal.
Olhando ao resultado líquido recorrente, a subida foi de 6% para os 901 milhões de euros, de 2019 para 2020.
Em outubro, o atual CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, havia revisto em alta as expetativas para o exercício deste ano. "Esperamos um EBITDA de 3,7 mil milhões de euros", um valor que compara com a anterior estimativa de 3,6 mil milhões de euros. Quando ao lucro recorrente, estimou que se situasse nos 900 milhões de euros, ou seja, que alcançasse o intervalo máximo estipulado anteriormente (entre 850 a 900 milhões de euros). Na altura, o CEO justificou a alteração com a melhoria de vários fatores como as reservas hídricas estarem a cima da média e com a mitigação dos efeitos cambiais adversos no Brasil na sequência de medidas regulatórias.
Covid-19 e câmbio abalaram EBITDA. Dívida derrapa
O EBITDA recorrente, em 2020, caiu 2% para 3.657 milhões de euros. A crise pandémica de covid-19 teve um impacto negativo de 100 milhões de euros neste EBITDA, sobretudo tendo em conta a queda da procura de eletricidade e aumento de provisões por dívidas de clientes, informa a empresa. Já excluindo impacto cambial, o EBITDA recorrente aumentou 3% face ao período homólogo.
No que toca à dívida líquida, tanto o montante desta como o rácio dívida líquida ajustada/EBITDA, registaram em 2020 os níveis mais baixos da EDP dos últimos 13 anos. A dezembro de 2020, a dívida líquida totalizava 12,2 mil milhões de euros, representando uma redução de 11% face a dezembro de 2019.
(Notícia atualizada às 17:10 com mais informação)