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Literacia financeira dos portugueses está acima da média da OCDE

Em três dezenas de países, Portugal figura na 10.ª posição quando se testam os conhecimentos, as atitudes e os comportamentos face à gestão do dinheiro que se tem – e do que se pede emprestado.

Miguel Baltazar/Negócios
12 de Outubro de 2016 às 00:01
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Os níveis globais de literacia financeira continuam a ser relativamente baixos na generalidade dos países desenvolvidos, constata a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) num estudo divulgado nesta quarta-feira, 11 de Outubro.  


Num universo de 29 países, a pontuação média foi de apenas 13,2 de um total possível de 21, o que "revela a existência de um espaço significativo para melhoria" da literacia financeira.


Neste quadro relativamente cinzento, os portugueses não se saem mal na fotografia, figurando na 10.ª posição, com 14 de nota, quando se avalia, de forma combinada, os conhecimentos, as atitudes e os comportamentos face à gestão do dinheiro que se tem – e do que se pede emprestado. O ranking (ver imagem abaixo) é liderado por França, seguida de Noruega e Finlândia. Vários países da OCDE, como Espanha e Irlanda, não surgem com dados individualizados neste novo estudo.



Onde os portugueses pontuam relativamente bem é no domínio de conceitos, ao responderem acertadamente acima da média da OCDE em seis das oito perguntas que serviram de base ao estudo – sobre inflação, cálculo de juros ou relação entre risco e retorno, por exemplo.

Embora longe dos lugares cimeiros, os portugueses também revelam o (bom) hábito de elaborar um orçamento familiar (72%, o que compara com uma média de 57% na OCDE), dizendo serem simultaneamente os responsáveis pelas escolhas que afectam as suas finanças pessoais (68% versus 52%), em vez de as delegarem no gestor de conta.

No pagamento atempado das contas e na ausência de recurso ao crédito para cobrir as despesas mensais habituais os portugueses também pontuam relativamente bem.


Já um dos pontos mais negativos refere-se à passividade na gestão da poupança: apenas para 35% dos inquiridos esta resulta de uma escolha activa, abaixo da média de 60% na OCDE e longe dos mais de 80% de respostas afirmativas obtidas entre os noruegueses.

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